Pefoce ajudou a identificar blogueiro cearense acusado de tentar explodir bomba em Brasília

Wellington Macedo está foragido da Justiça

A Perícia Forense do Ceará (Pefoce) ajudou a identificar o blogueiro cearense Wellington Macedo, um dos três réus acusados de envolvimento na tentativa de explosão de uma bomba em Brasília, na véspera de Natal do ano passado.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Macedo foi identificado em apenas algumas horas, por meio de um cruzamento de dados com informações de prontuários civis, de informações coletadas pela Polícia Federal e de outros registros da Pefoce.

O jornalista está, atualmente, foragido. Ele é investigado por ter participado de atos de vandalismo e tentativa de invasão a um prédio da Polícia Federal, em 12 de dezembro do ano passado, e de tentar explodir uma bomba no aeroporto de Brasília, poucos dias depois, às vésperas do Natal.

Especificamente, ele deve responder por dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

Além disso, Macedo já é fichado na Polícia por contravenção penal, denunciação caluniosa e crime contra a incolumidade pública.

Como foi feita a identificação?

De acordo com a Pefoce, a identificação foi feita pelo Núcleo de Arquivo Onomástico da Coordenadoria de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHPB), que fez buscas em prontuários civis de banco de dados, cruzando informações coletadas pela Polícia Federal com os registros do próprio órgão.

Ao final, o núcleo elaborou um relatório e encaminhou à PF.

O mesmo órgão já ajudou a identificar um criminoso do narcotráfico em São Paulo e as vítimas que morreram na enchente de Petrópolis, no Rio de Janeiro, e no rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais.

Tornozeleira eletrônica

Macedo foi preso no dia 3 de setembro de 2021 por incitar ataques anti-democráticos contra instituições. Contudo, após o cumprimento do mandado de prisão, o blogueiro foi liberado para prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica.

Ele, porém, rompeu o monitoramento para orquestrar os ataques em Brasília e, atualmente, está foragido da Justiça.