Pré-candidato ao Governo do Ceará, Capitão Wagner (União Brasil) defendeu o projeto de lei, aprovado nesta semana pela Câmara dos Deputados, que limita a cobrança de ICMS para combustível e energia elétrica. Ele aproveitou para criticar o posicionamento do senador Cid Gomes (PDT), que disse, em entrevista ao colunista Inácio Aguiar, que a medida era "um crime contra o federalismo".
"O nosso partido é diferente do deles. Nós votamos e aprovamos a redução dos impostos dos combustíveis e da energia elétrica", ressaltou Wagner. Ele afirmou ainda que, se eleito governador, pretende diminuir os impostos "porque não precisa de lei federal para reduzir".
As declarações foram dadas em encontro do União Brasil no município de Icó, na região Centro-Sul do Estado, neste sábado (28). Esta é a terceiro encontro regional que a legenda realiza como parte da pré-campanha eleitoral.
Licenciado da Câmara Federal, Wagner aproveitou para elogiar o deputado federal Danilo Forte (União), autor do projeto, a quem chamou de deputado federal "mais técnico". Outras lideranças que discursaram durante o evento também elogiaram Danilo Forte pela proposta.
"Esse recurso que vamos tirar da conta da energia, vai estar no bolso do povo trabalhador cearense. Vai sobrar um dinheirinho para fazer uma feira melhor, para comprar uma cesta básica melhor, para comprar um remédio que muitas vezes a farmácia popular não tem", ressaltou o parlamentar.
Críticas
O projeto, no entanto, tem sido alvo de críticas por parte de gestores estaduais e municipais. Isso porque limita o percentual do ICMS recolhido — o imposto é uma das principais fontes de renda dos entes federados.
A Secretaria da Fazenda do Ceará estima que a perda para os cofres do Estado pode ser de R$ 2,3 bilhões por ano. Por conta disso, governadores tentam pressionar o Senado para derrubar a proposta ou, pelo menos, modificá-la para diminuir o impacto para as gestões.
Durante discurso em Icó, por sua vez, Capitão Wagner defendeu a proposta — que deve diminuir os valores pagos pela população em itens essenciais como combustível e energia elétrica.
"Os governantes que estão no poder só pensam em criar impostos, taxas e cada dia perseguem mais o trabalhador nesse estado", criticou o pré-candidato.
Ele prometeu ainda que, se eleito, irá reduzir os impostos no Estado caso "o Senado não aprove esse projeto". "Não precisa de lei federal para reduzir", completou.