O novo presidente do Partido Liberal no Ceará, deputado estadual Carmelo Neto, disse nesta quinta-feira (30) que acredita num julgamento favorável para a legenda no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no caso em que foram condenados por fraude na cota de gênero na eleição do ano passado. De acordo com ele, a lição que fica com a situação é que a partir de agora irão agir com "excesso de zelo" nos trâmites burocráticos dos registros das candidaturas.
"O partido vai trabalhar como tem trabalhado, e fez isso muito bem no Tribunal Regional Eleitoral, na nossa defesa. Eu apresentei já - individualmente, porque o processo não é um todo, cada um foi citado individualmente - um recurso especial", contou o parlamentar em entrevista na live do PontoPoder.
Ele, o deputado estadual Alcides Fernandes e as deputadas estaduais Dra. Silvana e Marta Gonçalves integram a chapa que foi alvo de cassação pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), em maio deste ano, pelo partido ter sido considerado culpado por cometer fraude à cota de gênero. Após a apresentação de embargos de declaração, somente no mês passado o julgamento foi concluído no âmbito estadual.
Ao se dizer convicto de que a Corte Superior da Justiça Eleitoral irá dar uma sentença distinta da que foi concedida pelo TRE-CE, que cassou os mandatos dos membros que compõem o quadro de parlamentares liberais da Assembleia Legislativa, Carmelo disse que a instância judicial foi "enganada" por "depoimentos completamente mal intencionados".
O político questionou ainda a legitimidade das acusações levantadas pela parte que impetrou o processo e disse que, como presidente, tomará medidas que possam evitar tal complicação.
"Acho que excesso de zelo nunca é demais. Já que a assinatura da ata de convenção, a assinatura da ata de candidatura e a presença física na convenção não foram suficientes para que o Tribunal Regional Eleitoral entendesse que não houve fraude à cota de gênero na chapa do PL, talvez o vídeo da pessoa dizendo que quer ser candidato (sirva)", disse, alegando que o PL dará "tranquilidade e segurança" para os candidatos.