Pré-candidato ao Governo do Ceará, Capitão Wagner (UB) defendeu, nesta quarta-feira (6), a unidade dos partidos de oposição ainda no primeiro turno da disputa eleitoral. A intenção é não causar "traumas" futuros entre aliados em um provável segundo turno.
"Acredito na unidade do grupo de oposição. Se a gente se dividir agora no primeiro turno pode gerar traumas. Eu vi isso na eleição de prefeito. Houve uma divisão muito grande da oposição e ficou difícil de juntar no segundo turno", disse durante evento do PL depois de ser convidado pelo presidente Acilon Gonçalves.
Apesar de o PL ter a pré-candidatura de Raimundo Gomes de Matos para a sucessão estadual, Capitão Wagner foi esperado no local com muita expectativa por militantes.
O deputado federal acredita que a aproximação com a militância pode gerar um acordo próximo. "Essa sinalização de hoje demonstra um desejo de grande parte do PL de estar conosco no primeiro turno", disse Wagner à imprensa.
O líder da oposição tem conversado com PL, PSD, PP e MDB. Com a vaga de Senado e de vice-governador ainda em discussão, o dirigente do União Brasil tenta negociar a pactuação com esses partidos a partir dos espaços vazios na chapa.
Estratégias
Capitão Wagner tem realizado eventos por diversos municípios do Ceará antes da convenção do partido agendada para o dia 5 de agosto.
O objetivo é fechar apoios com prefeitos insatisfeitos com o grupo governista. "Há uma queixa muito grande da falta de atenção e promessas não cumpridas", diz o pré-candidato.
Wagner, que chegou a ofecerer a vaga de vice ao PSD, trabalha com mais garantia de compor com o PL — assim garantiria mais tempo na propaganda de rádio e televisão, além de recursos partidários para a campanha eleitoral e a militância de Jair Bolsonaro.