O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) projetou, nesta terça-feira (12), um desempenho promissor para o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), ao fim da gestão na educação. Em agenda no Crato, o petista comentou sobre como estava o ensino público antes da posse e elogiou o trabalho do cearense.
“O companheiro Camilo, que foi o melhor governador da história do Ceará, vai ser o melhor ministro da educação desse país”, disse Lula em discurso.
“Quando eu o convidei para ser ministro, foi porque o Ceará era o estado que tinha a melhor qualidade da educação por causa do Camilo, do Cid (Gomes, do PDT) e da Izolda (Cela), que tem muito a ver com a qualidade da educação”, completou.
Desde que assumiu o MEC, Camilo retomou políticas que foram implementadas pelas gestões petistas, além de anunciar o reajuste dos recursos da merenda escolar, a retomada das obras na educação e o aumento das bolsas de pesquisa.
A suspensão da aplicação do Novo Ensino Médio (NEM) também indica uma postura mais aberta de diálogo com movimentos sociais e educadores.
Já o senador Cid Gomes – em compromisso na Europa pela Casa Alta – foi quem iniciou com mais profundidade o projeto de ensino integral no Ceará, quando foi governador por dois mandatos.
À época, levou a nível estadual a política que implementou junto a Izolda – de secretária municipal da educação a governadora – em Sobral, que foi consolidada na gestão seguinte, desta vez com Camilo e a própria Izolda no comando do Executivo.
Agenda na educação
Mais cedo, em Fortaleza, o presidente anunciou o Programa de Escola Integral, modelo que quer implementar em todo o ensino básico do País. Assim, espera-se ampliar em 1 milhão de matrículas a oferta de tempo integral, com um investimento de R$ 4 bilhões até 2024.
De início, será estabelecido, junto a estados e municípios, as metas de matrículas em tempo integral, com jornada escolar igual ou superior a sete horas diárias ou 35 horas semanais.
Já no Crato, Lula assinou a Medida Provisória que institui o Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica. O planejamento inclui a conclusão de mais de 3,5 mil obras de infraestrutura escolar paralisadas ou inacabadas em todo o país, segundo cadastro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O volume de investimentos gira em torno de R$ 4 bilhões ao longo dos próximos quatro anos, entre 2023 e 2026. Com isso, a expectativa é abrir cerca de 450 mil vagas nas redes públicas de ensino no Brasil.