O risco de reagir apenas no returno

Confira a coluna desta sexta-feira (17)

Faltam apenas sete rodadas para a Série A nacional chegar à metade da competição. O Fortaleza tem de lutar para sair da zona de rebaixamento antes da virada para o returno.

Depois, quando o returno começar, será muito mais difícil deixar a zona maldita. Vários fatores contribuem para a ampliação das dificuldades. O principal deles é não mais poder recuperar os pontos perdidos. Hoje, o time ainda conta com o jogo de volta. Tudo tem. Depois, nem isso. Aí as aflições se multiplicam. Conclusão: a equipe, que não quiser passar apertos, cuide de reagir agora. Mas reagir mesmo, numa sequência de vitórias.

O Fortaleza, nas sete próximas jornadas, terá pela frente América-MG (Castelão), Atlético-MG (Mineirão), Coritiba (Couto Pereira), Palmeiras (Castelão), Atlético-GO (Goiânia), Bragantino (fora) e Santos (Castelão). Portando, quatro jogos diante de equipes médias e três diante de equipes grandes (Atlético-MG, Palmeiras e Santos). Se sair da zona de rebaixamento antes da “virada da montanha”, será mais fácil administrar a situação no returno. Se estacionar na zona maldita durante toda a primeira parte, terá sérios problemas para dar a volta por cima. Aí será muito sofrimento.  

 

Percepção tardia 

 

Há times que conseguem reagir no returno, saindo da zona. Mas é bem mais complicado. No ano passado, o Grêmio, com todo o potencial, arrastou-se numa sequência de insucessos que culminou com o rebaixamento. O seu erro foi exatamente não ter percebido o risco, quando ainda estava no turno. Quando abriu os olhos, foi tarde demais. 

 

Série A no PV 

 

O Campeonato Brasileiro vai até o dia 13 de novembro de 2022. A pergunta é: até lá, o já comprometido gramado do Castelão conseguirá chegar em condições de jogo? Acho muito difícil. A solução será mesmo transferir os jogos para o PV. A capacidade máxima (19 mil torcedores) poderá ser garantida mediante policiamento ostensivo e ampliado. Aguardem que vai dar nisso.  

 

Ausência 

 

O Ceará terá mesmo de preparar opções para possíveis ausências de Mendoza. Ele não é de ferro. Sua saída no jogo com o Atlético-MG foi uma consequência natural da carga de trabalho insuportável, ora imposta aos jogadores brasileiros. Um verdadeiro massacre. Diria até uma carga desumana, que compromete a saúde geral dos atletas. Absurdo o calendário que está aí. 

 

Acenos 

 

Marquinhos Santos foi bem na estreia. Em momentos, fez papel de incentivador da torcida, com gestos que pediam a participação do público, máxime quando o Ceará apertava o time mineiro. Creio que conseguiu, com essa simpática atitude, quebrar a resistência dos recalcitrantes. O resto agora dependerá dos resultados.