O Ceará poderá ter a primeira usina de hidrogênio verde operando no território do Porto do Pecém ainda em 2022. A informação foi confirmada pelo governador Camilo Santana e pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado, Maia Júnior, durante o evento de inauguração do novo berço de atracação do terminal.
Segundo Camilo, a EDP, umas das empresas a firmar acordos de entendimento para investimento para o novo hub de hidrogênio verde no Ceará deverá iniciar as operações com uma pequena usina de produção ainda neste ano, aproveitando para dimensionar os próximos passos do projeto.
A planta da EDP, no entanto, ainda não tem uma estimava de nível de produtividade. De acordo com o governador, a empresa ainda está trabalhando em estudos de viabilidade para mensurar os investimentos nos próximos anos.
"Nós estamos com 17 protocolos assinados com empresas internacionais e há um olhar especial pelas vantagens do Ceará, pela estrutura portuária, da ZPE e outras coisas, então nós acreditamos que o Ceará está na vanguarda, e fizemos uma parceria com a academia para pesquisa. Inclusive estamos com a perspectiva da primeira montagem de uma das usinas ainda em 2022 para que a gente possa dar sequência", disse Camilo.
"É uma usina, até muita coisa ainda está sendo feita, com estudos para ver as melhores estratégias de produção e transporte", completou.
Processos avançados
Outra empresa que parece estar mais próxima da confirmação dos investimentos em hidrogênio verde no Ceará é a australiana Fortescue. Segundo o secretário Maia Júnior, a companhia de minério de ferro já está costurando os acordos com a administração do Complexo do Pecém e com a ZPE Ceará para utilização de espaços e infraestrutura.
Não há, contudo, uma previsão de início das operações para a planta da Fortescue.
Novos memorandos
Além das perspectivas mais sólidas de investimento, o governador Camilo Santana confirmou que o Estado deverá assinar pelo menos mais 3 memorandos de entendimento para produção de hidrogênio verde até o fim deste semestre.
Segundo apuração desta coluna, o Governo já vem negociando, há alguns, meses com empresas do Japão e dos Estados Unidos para implantação de novos projetos de hidrogênio.
"Vamos assinar mais 2 ou 3 memorandos de interesse ainda nesse semestre, ou até o mês de março", disse o governador.