Como baixar o colesterol? A pergunta aparenta ser simples, porém não há uma única resposta que ajude quem está com os níveis elevados. Segundo o médico nutrólogo Fernando Guanabara, é preciso entender a causa do aumento do colesterol para poder indicar a melhor forma de controlá-lo.
O especialista explica que o aumento do colesterol pode estar associado a diversas causas. A primeira pode ser devida a alguma alteração genética, em que a pessoa não consegue converter o colesterol em pregnenolona. Outra possibilidade está relacionada ao estilo de vida e a terceira a um estado com algum tipo de inflamação crônica.
“O primeiro passo para baixar o colesterol é justamente identificar qual é a causa. Se é genético, se é por alguma causa inflamatória ou se é por conta do estilo de vida, a alteração da composição corporal, sobrepeso, obesidade e alimentação. E aí você tratar a causa”.
O médico afirma que o tratamento pode ser com medicação ou através da mudança do estilo de vida. Ele detalha que casos em que o aumento do colesterol é devido à causa genética, a medicação é indicada e a mudança de hábitos vai ser proposto para quem tem a taxa elevada em virtude da alimentação e sedentarismo, por exemplo.
“A gente vai incentivar uma mudança no estilo de vida do paciente para tanto ele melhorar, diminuir peso, e controlar o açúcar, diabete e consequentemente esse colesterol baixar”, diz.
O tempo para essas mudanças se efetivarem e o colesterol baixar é relativo, conforme Fernando. O médico indica haver pacientes que mudam o estilo de vida e melhoram o colesterol com dois meses e outros com quatro. Já no caso de quem é indicado o medicamento, a ação é mais imediata.
“Se for uma causa genética/hereditária, a partir do momento em que esse paciente começa a tomar medicação, esse colesterol começa a normalizar”, ressalta.
Como saber se o colesterol está alto?
São os exames laboratoriais que apontam os níveis de colesterol. Ele é considerado alto quando o valor do total é superior a 190. “O colesterol alto não costuma apresentar sintomas, e a forma mais efetiva de diagnosticá-lo é dosando os níveis sanguíneos por meio de exame laboratorial”, informa o Ministério da Saúde.
E o que é colesterol?
O colesterol pode ser definido, conforme a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, como um tipo de gordura que faz parte da estrutura das células do organismo e que é importante para a produção de alguns hormônios e, também, de vitaminas. Ele é produzido em grande parte no fígado e é liberado na corrente sanguínea para os tecidos.
Conforme o Ministério da Saúde, a composição do colesterol é uma só, o que muda é o meio de transporte, ou seja, a lipoproteína a qual está associado. Veja abaixo como o órgão explica os dois tipos de colesterol:
- Colesterol LDL: o colesterol combinado às lipoproteínas de baixa densidade é chamado de LDL. Em excesso, pode se depositar nas paredes das artérias, formando placas que aumentam o risco de obstrução e, consequentemente, de infarto e acidente vascular cerebral. Por isso, o LDL é conhecido como “colesterol ruim” e seu nível deve ser mantido baixo.
- Colesterol HDL: quem “tira” o colesterol das células para ser eliminado são as lipoproteínas de alta densidade, que quando combinadas ao colesterol, são denominadas HDL. Ele ajuda a evitar a obstrução das artérias, sendo conhecido como “colesterol bom” e seu nível deve ser mantido alto.