Boninho até negou, mas não teve jeito: a repescagem no BBB 23 já é uma realidade. O anúncio foi feito pelo apresentador Tadeu Schmidt na noite de domingo (19) e, desde então, não faltam especulações na Internet para supor quem deve retornar à casa mais vigiada do Brasil. Ainda que empolgue, no entanto, a novidade soa como uma medida de urgência desesperada para recuperar a tempo o comando da edição.
Mas convenhamos, esse comando meio que já foi perdido. Ainda é possível dizer que o BBB 23 não está sendo ruim. As brigas estão ali, as tentativas de jogo, os antagonismos necessários, as figuras carismáticas. Apesar disso, é impossível negar que vários pontos negativos se sobressaíram em meio ao reality.
Duas expulsões, cenas de assédio, agressividade e até mesmo desistência foram alguns dos momentos marcantes, e certamente negativos, presentes no elenco desse ano. Enquanto a tensão crescia em meio ao jogo, cresceram também as possibilidades de problemas maiores no confinamento.
As duas saídas, de Sapato e Guimê, formaram o fator decisivo para a repescagem. Se o programa está destinado a acabar no 100º dia, como fazer isso sem participantes suficientes? Não eliminando, encerrando mais cedo do que o previsto?
A questão é que uma repescagem empolga, de fato, quem acompanha o programa desde o início. Cartada rara, só vista no BBB 11, a volta de um dos eliminados é sempre uma surpresa cercada de possibilidades, o que nos leva a pensar sobre como cada personagem do reality show passaria a lidar caso tivesse informações externas.
Condicionados ao público
Com todas as informações de fora, os brothers certamente não virão os mesmos. Fred Nicácio, Key Alves e Larissa, por exemplo, são os mais citados em enquetes nas redes sociais para retornar ao programa. A dúvida é se retornariam com as mesmas posições, priorizando os mesmos aliados ou se usaram da própria vantagem para mudar o curso.
Não há dúvidas de que os três foram importantes para a narrativa até o momento em que foram eliminados. A dúvida fica ao saber se continuariam sendo agora.
A realidade mais dura é que eles podem até acrescentar alguma coisa no jogo durante a primeira semana após o retorno, mas iriam, após alguns dias, apresentar o que já nos foi fornecido antes.
Nenhum deles entrará no BBB 23 sendo uma nova pessoa. Eles não criarão laços completamente novos com antigos "inimigos" dentro do programa, nem deixarão de lado as alianças anteriores. Sendo assim, o que acontece é que não devemos esperar nada novo para uma forte reviravolta dentro da história da 23ª edição.
De qualquer forma, a análise não é totalmente negativa. Enquanto os escolhidos pelo público ainda ficam no campo da incerteza, resta imaginar como eles vão lidar com esse "presente" do retorno. Ganha com isso quem souber lidar com os interesses dos espectadores e continuar jogando o necessário para ludibriar os colegas de confinamento.