Diário do Nordeste

Versão em forró de música da Rihanna vira brega romântico nas vozes de Raphaela Santos e Wesley Safadão

Letra foi gravada por nomes como Márcia Fellipe e Mara Pavanelly nos anos 2000

Escrito por
João Lima Neto joao.lima@svm.com.br
(Atualizado às 09:57)
Produção audiovisual de Raphaela Santos foi gravada em Recife (PE)

Em 2007, uma das vozes que ecoavam nas rádios era da cantora Rihanna. Um dos hits da artista pop que conquistou o brasileiro foi a canção "Please Don’t Stop the Music". Como de praxe, no Nordeste, tudo que cai no gosto popular ganha versão em forró.

O que era "Please Don't Stop The Music" se tornou "Sou Assim Não Vou Mudar". Nomes como Márcia Felipe e Mara Pavanelly incluíram a canção no repertório e animaram muitas festas de forró na época. 

Veja versão de Raphaela Santos e Wesley Safadão:

Em 2025, a letra segue em alta. A cantora Raphaela Santos incluiu o hit no mais recente trabalho audiovisual, o "Chama no Bregão", em um feat com Wesley Safadão — alcançando a marca de 2,1 milhões de views em pouco mais de 10 dias.

A coluna conversou com Renato Moreno, autor da letra, para saber um pouco da história da composição. "A música surgiu no final de 2007 e foi lançada em 2008 com Companhia do Forró. Nessa época, muitas bandas gravavam versões. As bandas sempre me ligavam quando eu vinha do Rio de Janeiro para Fortaleza", ressaltou o compositor.

Veja versão de Mara Pavanelly:

Banda de forró gravou primeira versão

O autor de "Pense o Que Quiser de Mim" conta que a primeira banda que gravou o hit foi a Companhia do Forró. Curiosamente, a letra chegou a ser regravada por diferentes bandas com os nomes de "Opinião", "Sou Assim Não Vou Mudar", "Meu Jeito de Amar", trechos da composição. 

"Don't Stop the Music" foi escrita por Carl Sturken e Evan Rogers para o terceiro álbum de estúdio de Rihanna Good Girl Gone Bad (2007)

A música ganhou ainda mais força em interpretações das cantoras Márcia Fellipe e Mara Pavanelly. 

Na avaliação de Renato Moreno, as versões de músicas estrangeiras em forró são importantes até hoje para o avanço do gênero nordestino no País.

"As versões no forró somam 50% dos clássicos do gênero. Quem começou muito foi Calcinha Preta, Moleca 100 Vergonha, depois veio Líbanos, Tropykália, entre outros. A versão sempre foi muito forte. Vários sucessos da atualidade que estouraram são versões de músicas antigas. A música de versão acontece mais rápido porque a melodia já tá na cabeça do povo, é só acertar a letra", ressaltou o compositor.