O que aconteceu com Mara Pavanelly? Entenda conflito por carro com Tuta Sancho

Advogado de empresário diz que Mara deve valores, e defesa afirma que cantora tem saldo positivo com empresa

A cantora Mara Pavanelly e o empresário Tuta Sancho protagonizaram um conflito por um carro no início do mês e o assunto tomou conta dos perfis de forró nas redes sociais. A coluna conversou com os advogados dos envolvidos no imbróglio para entender o que motivou a confusão. 

Os fatos foram iniciados após a cantora de forró publicar vídeo no Instagram informando que um funcionário do empresário levou o carro que ela usava de um estacionamento privado em Fortaleza.

Assista:

O carro é da Mara ou de Tuta? 

Segundo a defesa do empresário, por meio de documentos apresentados à coluna, o veículo está no nome da “TS Eventos e Editora Eireli”, empreendimento o qual Tuta Sancho tem sociedade com o próprio filho. 

A empresa detentora e proprietária do veículo é a TS produtora. O Tuta tinha uma sociedade com a Mara na empresa ‘Mara Pavanelly Produções Artísticas LTDA’. O carro é de fato e de direito da TS. Foi comprado pela TS produtora e todas as prestações eram e são devidamente descontadas da conta bancária, em débito em conta, na agência do Bradesco da TS. Então, o carro é de propriedade da TS
Ricardo Valente
Advogado de Tuta Sancho

Conforme os advogados, o atraso de pagamentos de janeiro a abril deste ano e a recuperação do ativo pertencente a empresa foram as motivações para reaver o veículo do estacionamento.

A defesa do empresário diz que foi feito diversos contatos no intuito de negociar o pagamentos dos valores e a devolução do veículo com a cantora, mas nada foi resolvido.

Mara deve algum dinheiro a Tuta? Ex-empresário diz que sim, e defesa de Mara rebate 

A coluna questionou se Mara Pavanelly estaria devendo algum valor ao empresário Tuta Sancho. Segundo os advogados, existem dívidas. O valor não pode ser divulgado por questões de sigilo. Um processo de dissolução da empresa está em andamento com as informações referentes ao fim da empresa.  

Segundo o que a empresa nos passou é que existe um valor pendente. A quantia está sendo apurada no processo de dissolução em um processo sigiloso. Por conter muitas informações bancárias e fiscais, o processo está em sigilo
Ricardo Valente
Advogado de Tuta Sancho

Os advogados de Mara Pavanelly afirmaram que no último ano, houve várias tentativas de negociação entre a cantora e os demais sócios, visando à transparência na prestação de contas e melhor distribuição do lucro da sociedade firmada entre eles.

Todavia não foi possível chegar a um consenso, o que levou a cantora, em dezembro de 2022, a notificar o sócio-administrador para cumprir o dever de prestação de contas, sob pena de encerrar as atividades com eles a partir de 1º de fevereiro de 2023.

Ao invés de cumprir essa obrigação básica, o sócio-administrador afirmou que iniciaria o procedimento para dissolução da sociedade. Todavia, até hoje a artista não tomou ciência da instauração desse ato, descumprindo, mais uma vez, sua palavra", declarou
João Paulo Peixoto
Advogado de Mara

O advogado da artista informou ainda que apesar de ter realizado diversos shows e eventos especialmente nos meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023, "Mara não recebeu quaisquer valores, nem sua remuneração mensal, nem lucro, absolutamente nada, o que gerou um significativo saldo a receber com a prestação de contas e a apuração de haveres com a respectiva dissolução da sociedade, que se nega(m), omissivamente, a fazer".

Cantora deu um carro quitado como entrada de novo veículo, diz defesa de artista

A defesa de Mara Pavanelly apontou que as contas pessoais da cantora eram pagas e registradas oficialmente pela  ‘Mara Pavanelly Produções Artísticas LTDA', incluindo a compra e o respectivo financiamento do veículo pessoal, desde o ano de 2020.

"Registra-se que a cantora entregou seu então carro, quitado, para o sócio-administrador para fins de pagamento da entrada do novo veículo. Dessa forma, as parcelas pretensamente em atraso, estranhamente apenas a partir de janeiro/2023, deveriam continuar sendo pagas com os valores que foram retidos ilegalmente pela empresa. Mesmo assim, se não tivessem sendo quitadas com o valor devido pelo efetivo exercício do seu trabalho, a cantora deveria pelo menos ter sido notificada para tomar ciência e providências".  
João Paulo Peixoto
Advogado de Mara Pavanelly

Por fim, a defesa da cantora declarou que não houve contato para negociar os valores atrasados. "Ratifica-se que não houve nenhuma tentativa de recebimento desses valores por parte de Tuta, certamente em razão da ciência de que a empresa está devendo para a artista pelo menos os meses de dezembro/2022 e janeiro/2023", declarou o advogado de Mara Pavanelly.