Só três candidatos foram competitivos em Fortaleza

Foto: Thiago Gadelha

Em qualquer prognóstico traçado no início da corrida eleitoral em Fortaleza, Sarto (PDT) e Capitão Wagner (Pros) estavam entre os que iriam chegar, hoje (15), dia da eleição, brigando pelo segundo turno. Os dados da terceira pesquisa Ibope/TV Verdes Mares, divulgados ontem, mostram que a tendência é mesmo de segunda etapa com o candidato governista e o principal nome da oposição. Se confirmada a constatação das pesquisas, teremos um segundo turno com dois candidatos atravessando momentos distintos, mas, de todo modo, uma disputa acirrada.

Crescimento

Sarto Nogueira chega ao dia da votação tendo registrado o maior crescimento nas pesquisas. O pedetista atravessou momentos de incertezas, principalmente quando teve que se afastar das ruas, por conta da Covid-19. Naquele momento, fez diferença a seu favor o seu maior cabo eleitoral: o prefeito Roberto Cláudio.

Atrás dos dois principais concorrentes, Sarto iniciou uma estratégia de bater nos adversários para desgastá-los. A tática surtiu efeito, ele avançou, mas fez com que Wagner e Luizianne voltassem artilharia pesada contra a gestão municipal e contra ele mesmo.

Pouca oscilação

Capitão Wagner, por sua vez, foi o que primeiro começou a se movimentar para sair candidato à Prefeitura de Fortaleza. O resultado da última eleição municipal, em que foi ao segundo turno e teve bom percentual de votos, o qualificou para a disputa. Wagner liderou até recentemente as pesquisas de intenção de votos, mas viu, por exemplo, seu índice de rejeição crescer.

Em relação ao percentual de intenção de votos, entretanto, ele conseguiu manter uma média, com pouca oscilação. Fez uma campanha linear, mas com mudanças de estratégia visíveis. Começou dizendo que não faria ataques a adversários, mas não demorou muito para entrar na arena do confronto.

Petista

Luizianne Lins (PT) chega ao dia da votação assim como entrou: entre as três principais candidaturas, o que é considerável. Quando o embate começou, era uma incógnita o desempenho da petista. Ela chegou a estar em empate técnico com Capitão Wagner na liderança, mas nitidamente tinha menor estrutura de campanha do que os concorrentes.

Ela usou como trunfo a imagem do ex-presidente Lula e obras dos seus oito anos de gestão. O uso da imagem de Camilo Santana, que fez diversas sinalizações a Sarto, acabou, me parece, causando mais confusão do que ajudando do ponto de vista eleitoral.

 



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