Recadastramento, cortes e novo concurso: os planos do novo presidente para modernizar a Assembleia

Romeu Aldigueri diz que a Casa fará um esforço para "valorizar o trabalho" e tomar medidas de austeridade

Escrito por
Inácio Aguiar inacio.aguiar@svm.com.br
(Atualizado às 07:45)
Legenda: O parlamentar tomou posse como presidente do LEgislativo Estadual no último dia 1º de fevereiro
Foto: Alece

Após tomar posse como presidente da Assembleia Legislativa no dia 1º de fevereiro, o deputado Romeu Aldigueri (PDT) está dando início a um processo de “reestruturação” da Casa, que envolve medidas de austeridade e modernização do Legislativo. Entre as primeiras ações, o parlamentar disse em contato com esta Coluna que determinou a realização de um recadastramento geral dos servidores, além da convocação de concursados e da redução de cargos em grupos de trabalho e terceirizados. 

A decisão de recadastrar os funcionários da Casa, além de dar uma dimensão melhor do corpo funcional, tem um motivo central: 60% dos servidores efetivos já possuem tempo para aposentadoria, mas seguem na ativa recebendo o chamado “abono de permanência”, um benefício pago a quem opta por continuar no serviço público mesmo após cumprir os requisitos para se aposentar.  

O levantamento pretende dar um diagnóstico preciso sobre essa realidade e embasar decisões administrativas, segundo ele. 

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Nomeações e novo concurso 

Outra iniciativa anunciada é a convocação dos aprovados que ainda aguardam a nomeação no último concurso público da Alece . Além disso, Aldigueri diz que fará um novo concurso nos próximos dois anos, para elevar o quadro de servidores de carreira. 

O novo presidente também quer reduzir os cargos temporários criados em grupos de trabalho, além de restringir a mão de obra terceirizada. A meta é tornar a estrutura do Legislativo mais eficiente, racionalizando despesas com pessoal. 

Desafios da modernização 

Outra providência que o novo presidente diz implantar é a distribuição igualitária de benefícios como vale-refeição. 

Com as medidas, o novo presidente da Alece sinaliza querer imprimir uma marca de gestão austera, mas certamente terá muito a negociar. O desafio será equilibrar modernização da gestão e as acomodações políticas comuns no poder público.