Pré-candidatos governistas dão passos cuidadosos para sucessão na Capital

Se tem algo em comum entre os pré-candidatos do grupo governista à sucessão do prefeito Roberto Cláudio em Fortaleza é o aparente silêncio no momento em que os bastidores da política fervilham. Entre os aliados de Ciro, Cid, Roberto e Camilo criou-se um tipo de cartilha de regras tácitas que precisa ser cumprida por todos aqueles que almejem espaços de destaque na aliança - como os cargos de prefeito e vice-prefeito na chapa.

Confiança

Além das regras básicas, como experiência em gestão pública e liderança, sob os olhos do comando é preciso demonstrar, por assim dizer, fidelidade e confiança.

Além disso, há de ser cumprida uma série de observações do ritual pré-eleitoral que, em público, ninguém diz, mas que a repetição dos exemplos com o passar das eleições gera as conclusões políticas.

Sem riscos

É com base nisso que os pré-candidatos do grupo não se arriscam, neste momento, a investidas midiáticas e sinalizações que demonstrem excesso de holofotes. Eles acabam seguindo, voluntária ou involuntariamente, as regras de uma espécie de manual da discrição do grupo político.

Quarentena

Os que se desincompatibilizaram de cargos estratégicos na Prefeitura da Capital e no Estado parecem estar cumprindo uma quarentena.

Samuel Dias (PDT), Élcio Batista (PSB) e Ferruccio Feitosa (PDT) dão cada passo com bastante cuidado na corrida ao Paço. Exposições na mídia estão sendo evitadas pelos três neste momento que antecede as convenções partidárias e em que há incertezas no calendário eleitoral.

Pandemia

O presidente da Assembleia Legislativa, José Sarto (PDT), não tem feito sinalizações sobre uma possível candidatura. Além disso, por chefiar um dos poderes do Estado, tem a tratar mais da pandemia do coronavírus. E um caso também a ser observado é o do deputado estadual Salmito Filho (PDT) que tem sido muito discreto nas aparições há algum tempo.

Definições

As principais lideranças do grupo, do qual partem as maiores decisões, ainda não tiveram conversas conclusivas sobre a sucessão na Capital. Há, inclusive, a expectativa de que eles comecem a tratar mais diretamente do assunto no início de julho. A pandemia, obviamente, atrapalha e gera certa ansiedade nos aliados, pois há definições que precisam ser presenciais e não virtuais.



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