Membros da lista tríplice da PGJ dizem aceitar indicação e resolvem impasse institucional com Elmano

Após acordo interno para que declinassem do convite caso não fossem o mais votado, indicados respondem a ofício do governador dizendo que aceitam a missão

Foto: Thiago Gadelha

Após a saia-justa entre o governador Elmano de Freitas e os promotores em torno da indicação do novo procurador-geral de Justiça do Estado, os três componentes da lista tríplice responderam ao ofício do chefe do Executivo, confirmando que aceitariam a indicação para ocupar o cargo máximo do Ministério Público Estadual.

A polêmica surgiu na última semana após o Governo do Estado encaminhar um ofício assinado pelo governador, pelo qual o chefe do Executivo solicitava à comissão organizadora da votação que gerou a lista tríplice da PGJ questionar aos três nomes eleitos se, de fato, abririam mão da indicação feita pelo governador.

O questionamento surgiu porque, antes da eleição, todos os candidatos assinaram um documento comprometendo-se a abrir mão da indicação governamental caso não fossem os mais votados da lista.

Entretanto, a prerrogativa do chefe do Executivo é escolher o nome dentro de uma lista de três. Qualquer movimento em contrário significaria um constrangimento ao chefe do Executivo.

Nos bastidores, o princípio de impasse causou burburinhos entre promotores e procuradores.

Ao responder ao ofício governamental, entretanto, os três candidatos mais votados, Eneas Romero, Harley de Carvalho e Lucidio Queiroz, de maneira respeitosa, confirmaram que aceitariam a indicação do governador.

Mais do que isso, os concorrentes pediram um tipo de "desculpas" ao governador pelo movimento interno, pois, constitucionalmente, a missão dele é indicar um dos três mais votados.

O que ainda fica a conferir é como ficará o ambiente interno no MP após o incidente.

Além do mais, espera-se que, para as próximas votações de listas, esse tipo de acordo interno, sem nenhuma validade jurídica ou política, não volte a conturbar o ambiente.