Foco na ampliação do acesso às vacinas

Começou, finalmente, a vacinação da população cearense contra a Covid-19. Com doses ainda limitadas da CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, o dia de ontem foi histórico no Estado. Agora, o Governo Camilo Santana (PT) e as prefeituras têm pela frente a tarefa de imunizar mais de 100 mil pessoas, entre profissionais de saúde e idosos, enquanto ainda se mobilizam, em âmbito regional e também em esfera nacional, para que a capacidade de imunização do Brasil cresça com a celeridade que o agravamento da pandemia exige.

Em curto prazo, a chegada dos dois milhões de doses do imunizante produzido pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca, vindas da Índia, ainda é incerta. Ontem, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que ainda não havia tido "resposta positiva de saída", embora haja a sinalização de que "isso deve ser resolvido nos próximos dias da semana".

Isso sem falar na corrida por insumos para que os dois imunizantes cujo uso emergencial já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possam ser fabricados em território nacional. O pontapé dado ao Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19, a ser comemorado, não neutraliza o atraso em relação à vacinação que, até agora, tem custado caro ao País. É preciso avançar na ampliação do acesso às vacinas o mais rápido possível.

Produtividade em alta

Prestes a concluir a gestão à frente da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), o desembargador Washington Araújo tem, em números, uma conquista importante para o Judiciário Estadual. Em relação a 2017, quando o TJCE esteve na 27ª posição (último lugar) no Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Judiciário cearense ocupa, hoje, o nono lugar no País. Entre os tribunais de médio porte, é o quarto. A redução do estoque de processos, marca da gestão que se encerra, é resultado de diversos fatores, algumas iniciativas pioneiras. Duas merecem ser citadas: a atuação de estagiários de pós-graduação e o trabalho de juízes leigos são apontados pelo próprio desembargador Washington Araújo como centrais para o avanço notável.

Leilão

Ainda falando sobre o Poder Judiciário, o Tribunal de Justiça iniciou, ontem, o leilão de 15 casas e prédios em 14 municípios cearenses. Com a venda dos imóveis em desuso, ou que não atendem mais às necessidades institucionais, o Judiciário estadual espera arrecadar cerca de R$ 7,48 milhões. Dinheiro que poderá estar voltado à otimização da atuação do TJCE a partir de outras frentes.

Meio ambiente

Após a aprovação da proibição da distribuição de canudos plásticos em Fortaleza e também da distribuição ou venda de sacolas plásticas não biodegradáveis no Ceará, os vereadores de Fortaleza podem discutir, na nova legislatura, o "banimento" de outros itens fabricados com o material em estabelecimentos da Capital. Projeto de lei apresentado pela vereadora Larissa Gaspar (PT) veta o fornecimento de copos, pratos, talheres, agitadores para bebidas e varas para balões de plástico que sejam descartáveis. Medida mais abrangente do que as duas já aprovadas na Câmara Municipal de Fortaleza e na Assembleia Legislativa, ela pode, sim, ter impactos positivos, mas envolve discussões complexas.

* Equipe de Política redigiu a coluna.



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