Em alta no Fortaleza, Marcelo Paz quer distância de política por enquanto

Prestes a estrear na Libertadores da América, o gestor bateu um papo descontraído com este colunista e falou sobre a relação com Eduardo Girão

Legenda: Marcelo Paz concedeu entrevista exclusiva para o programa Jogada 1º Tempo
Foto: Thiago Gadelha / SVM

O Fortaleza Esporte Clube vive, provavelmente, o melhor momento dos seus quase 104 anos desde a fundação. Dentro de campo, o Leão está prestes a estrear na Copa Libertadores da América, o maior torneio do continente, e já está classificado para a final da Copa do Nordeste e do Campeonato Cearense. Até agora, na temporada, olha os rivais pelo retrovisor.

Fora dos gramados, o sucesso também tem recebido reconhecimentos no Brasil - e fora dele - por conta das seguidas festas nas arquibancadas. Isso tem a influência de um modelo de gestão que fez o clube subir de patamar. Quem comanda o Tricolor Cearense é Marcelo Paz, que chegou ao Pici ainda no tempo de vacas magras, na Série C, e foi subindo degraus.

Lembrando que futebol e política mantêm uma relação íntima desde sempre, este colunista bateu um papo descontraído com o presidente do Fortaleza sobre o olhar dele para a vida pública.

Paz quer evitar guerra. “Fui eleito como presidente do Fortaleza para um mandato de mais três anos. Meu compromisso é exclusivo com o clube”, diz o presidente.

Sobre um futuro ingresso na política para ser candidato, ele despista, mas não descarta.

“Hoje, não tenho esse plano”. 
Marcelo Paz
Presidente do Fortaleza

Dos campos às tribunas

O sucesso dentro de campo, em alguns casos, catapulta os agentes esportivos a cargos políticos. Para ficar em dois dias exemplos mais recentes cearenses, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Evandro Leitão (PDT), ingressou na política após uma gestão que elevou o Ceará Sporting Club, principal rival do Leão, a um patamar de destaque no cenário nacional.

Outro caso emblemático é o do senador Eduardo Girão (Podemos). Após resgatar o próprio Fortaleza de oito anos de Série C, o empresário venceu uma difícil disputa majoritária nas urnas contra o então presidente do Congresso Nacional, Eunicio Oliveira (MDB).

Questões ideológicas

Marcelo Paz diz ter um pensamento mais ao campo da direita, mas alerta: “veja bem, não é uma direita radical, a extrema-direita. Sou mais direita moderada”, prossegue.

O dirigente foi o sucessor de Girão no Clube. Sobre o assunto, Paz arremata: “tenho uma relação muito boa com o senador Eduardo Girão. É um amigo. Não concordamos em tudo nessa parte política, mas temos uma excelente relação”.