O secretário-chefe da Casa Civil do governo do Estado, Chagas Vieira, diz que a antecipação do debate eleitoral “só interessa à oposição” e afirma que o momento é de continuidade do projeto político que está em andamento. Ele reforça que as questões eleitorais terão o momento certo e que todo esse debate fica fora do governo.
Membro da cúpula da gestão Camilo Santana desde o início e um dos responsáveis pela transição de gestão para o novo governo de Izolda Cela, Chagas observa as movimentações políticas de um cargo estratégico no Palácio da Abolição e reforça o que a governadora tem dito: “o foco tem que ser no trabalho”.
O início da gestão Izolda tem sido marcado por movimentos políticos que incluem aliados do PT e do PDT. As declarações se intensificaram nos últimos dias com personagens de ambos os lados com vistas à formatação da chapa governista que disputará a eleição em outubro.
Chefe da Casa Civil disse, em entrevista a este colunista, ser natural uma aliança ampla como a governista ter convergências e divergências, em tom conciliador, mas advertiu, ao reconhecer que há um clima de "ansiedade" em alguns aliados.
“O que temos que ter cuidado é para que essas divergências não possam acirrar um processo que deve ser conduzido da forma mais natural e tranquila possível. Não precisa de ansiedade. O governo precisa continuar e está continuando. Essas questões vão ser discutidas no momento certo e as definições também”.
Especulações
Na manhã de segunda-feira (11), a própria governadora Izolda comentou as declarações de aliados que dizem respeito ao processo eleitoral. Ela voltou a declarar que não pretende falar sobre eleição neste momento. O secretário da Casa Civil foi na mesma linha.
“A governadora tem feito questão de dizer que o foco é, unicamente, no trabalho. Ela fala sobre o cuidado que tem que ter por que o foco absoluto é nas ações do governo. Obviamente, as questões eleitorais permeiam o dia a dia, mas isso não pode influenciar os rumos do governo. O foco hoje é a gestão. O calendário eleitoral virá. É normal que haja convergências e divergências, mas o que importa é o projeto, acima de pessoas e partidos”, destacou.