Senado barra mudança na Lei das Estatais: Bolsa e dólar estáveis

O próprio PT pediu que não seja pautada a proposta que muda a chamada Lei das Estatais. Os líderes petistas preocupam-se com a má repercussão da iniciativa.

A Bolsa de Valores B3 fechou ontem estável, com uma queda de apenas 0,101%, aos 103,737 pontos. E o dólar subiu 0,28%, fechando o dia cotado a R$ 5,31. 

A estabilidade registrada ontem na Bolsa de Valores brasileira foi causada por notícias da política, procedentes de Brasília, a principal delas diz respeito à proposta de mudança na chamada Lei das Estatais, que, já aprovada pela Câmara dos Deputados, reduz de 36 meses para 30 dias a quarentena que devem cumprir políticos que tenham atuado na coordenação de campanhas eleitorais, como é o caso do ex-senador Aloizio Mercadante, já anunciado para a presidência do BNDES no próximo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo os últimos comentários vindos de Brasília, o projeto de mudança da Lei das Estatais deverá ser amenizado. Por pressão do próprio PT, que está preocupado com a grande repercussão negativa que teve e está tendo a pretendida mudança, a presidência do Senado não deverá colocar a proposta em votação. 

Ao mesmo tempo, a chamada Pec da Transição, que prevê despesas de até R$ 200 bilhões fora do teto de gastos, será desidratada pela Câmara dos Deputados para um valor palatável, e isto tudo agrada ao mercado pois reduz o medo de um descontrole fiscal no próximo governo, e, ao mesmo tempo, sinaliza para uma queda da taxa de juros Selic no segundo semestre de 2023. 

Hoje, a taxa Selic está em 13,75% e ficará assim pelos próximos seis meses, segundo estimam os analistas.