Acredite, que é vero! A Comissão Europeia aprovou nesta quarta-feira, 2, o projeto que permitirá incluir a energia nuclear e o gás natural como energias verdes, reconhecendo que ambos podem contribuir para o esforço mundial contra as mudanças climáticas que ameaçam o planeta.
A decisão, que, segundo o El País, maior jornal da Espana, terá, como consequência imediata, milionários investimentos na geração das novas “energias verdes”, contraria a opinião de técnicos de vários países europeus.
A própria presidente da Comissão Europeia, a holandesa Ursula von der Leyen, assumiu o anúncio da polêmica decisão.
Por sua vez, a comissária europeia de Mercados Financeiros, Mairead McGuiness, disse, após o anúncio da decisão, que “a União Europeia está comprometida em obter a neutralidade climática em 2050, e necessitamos para isso de todos os instrumentos disponíveis”.
Para lograr esse objetivo, acrescentou McGuiness, serão necessários investimentos multimilionários.
A decisão de hoje inclui a energia nuclear e o gás natural entre as tecnologias de transição, ou seja, não podem substituídas. No caso da nuclear, a etiqueta de “energia verde” aos projetos que venham a ser aprovados antes de 2045.
De acordo com o El País, tendo em vista os prazos de construção dessas infraestruturas e sua vida útil, os novos reatores nucleares poderiam estar em funcionamento até o fim deste século ou início do século 22.
Quanto ao gás natural, a data de corte para investimentos compatíveis com a taxonomia é 2030 e estará sujeita a condições, como o limite de emissões de 270 gramas de CO2 porKW/h.