Obra da usina de dessalinização começará no 1º semestre de 2024

Projeto está em análise na Semace para a emissão do licenciamento ambiental

Informa a SPE Águas de Fortaleza: ela concluiu o Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), que já está em análise na Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) que emitirá a licença ambiental necessária ao início das obras de implantação da primeira Usina de Dessalinização (Dessal) de Fortaleza.

Ela será construída na Praia do Futuro, no Litoral Leste da capital cearense.

O avanço do projeto é celebrado pelos órgãos que administram os recursos hídricos no Estado que veem na Dessal uma boa alternativa para os problemas de escassez que periodicamente se registram, como aconteceu no intervalo de 2012 a 2019. 

“Foi um período bem difícil, em que tivemos de procurar todas as alternativas e chegamos à conclusão de que precisamos de redundância de oferta. A planta de dessalinização é uma delas. Sendo uma experiência exitosa, poderemos replicá-la em outras cidades litorâneas”, disse Ramon Rodrigues, secretário executivo de Planejamento e Gestão Interna da Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará (SRH).

No Ceará há uma escassez temporal de chuvas, com pluviometria variável ao longo do ano. Há, ainda, uma má distribuição espacial das chuvas. Neste momento, a meteorologia confirma a plena atividade do fenômeno climático El Niño, que poderá invadir, também o início do próximo ano.

Neuri Freitas, presidente da Cagece, acredita que a Dessal poderá ajudar a recomposição dos recursos hídricos, tornando-se fonte confiável de oferta de água, somando-se ao Projeto São Francisco de Integração de Bacias.

“Quando precisamos trazer água de outros reservatórios, fica uma discussão muito forte, na qual a população questiona se estamos privilegiando a capital em detrimento do interior”, diz ele. 

A Dessal ficará disponível sempre que for necessário o incremento do abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza. A planta terá capacidade de produção de 1 m³/s de água doce, aumentando em 12% a oferta de água e beneficiando cerca de 720 mil pessoas da RMF.

“Para nós da Marquise Infraestrutura, que compomos a SPE Águas de Fortaleza, é uma satisfação muito grande fazer parte de um projeto dessa envergadura e que trata de uma demanda tão urgente para o povo cearense. Trabalhar com obras é construir o futuro, é levar desenvolvimento e soluções inovadoras como esta”, como afirma Renan Carvalho, diretor da Marquise Infraestrutura.