Ontem, terça-feira, foi mais um dia de queda da Bolsa de Valores brasileira B3. Ela caiu 0,24%, fechando suas operações aos 119.090 pontos. Durante o dia, a Bolsa chegou a descer aos 117.491 pontos, mas recuperou-se no final do pregão.
O dólar, por seu turno, encerrou o dia cotado a R$ 478, com alta leve de 0,06%.
Contribuiu para mais esse recuo da bolsa brasileira o noticiário procedente da China, cujos exportações caíram, sinalizando que a economia do país segue patinando, como esta coluna disse ontem.
Outra forte contribuição para a queda da B3 ontem foi a repercussão da decisão da Moody’s, uma agência de risco norte-americano, que rebaixou a nota de risco de cinco bancos de porte médio dos Estados Unidos, o que aumentou as desconfianças sobre a saúde das instituições financeiras do país.
Outra notícia ruim que repercutiu na operação das bolsas da Europa foi a decisão do governo da Itália, que passará a cobrar um imposto de 40% sobre os lucros extras dos bancos italianos, o que fez aumentar o temor de que outros países europeus possam tomar a mesma medida.
Mas a repercussão negativa dessa decisão foi tão grande que ontem o governo italiano voltou atrás e reduziu para apenas 0,1% o imposto que os bancos terão de recolher por seus lucros extras.
Esse recuo foi causado pelas perdas de 9 bilhões de euros que os bancos da Itália tiveram nos últimos dois dias nas bolsas europeias.
Nesta qurta-feira, 9, foram divulgados dados da inflação na China. Esses dados mostraram que, no último mês de julho, houve deflação na China, onde os preços caíram 0,3%, revelando que a economia do país está mesmo andando de banda.
Ontem, outro dado havia transmitido pessimismo aos mercados: as exportações chinesas caíram 14% no último mês de julho.
Por causa dessas notícias, quase todas as bolsas asiáticas fecharam esta quarta-feira em queda, com exceção da Coreia do Sul, que registrou alta.
Mas a Bolsa brasileira reagiu durante o dia, levando em boa consideração a Ata da última reunião do Copom, cujo texto deu um forte sinal de que, em sua próxima reunião, em meados de setembro, a taxa básica de juros Selic será reduzida mais uma vez em 0,50 pontos base. Hoje, ela está em 13,25% ao ano.