Boas notícias estão chegando do Projeto São Francisco de Integração de Bacias. Com base em várias fontes que acompanham de perto não apenas esta, mas outras importantes obras hídricas de interesse do Ceará e dos cearenses, esta coluna pode informar que entraram em fase final de execução os trabalhos de reinstalação da segunda bomba da Estação Elevatória número três, localizada em Salgueiro, em Pernambuco. O início de sua operação está previsto para o próximo dia 20 de agosto, provavelmente com a presença do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
Com essa bomba em funcionamento, a vazão do Canal Norte do Projeto São Francisco saltará dos atuais 13 metros cúbicos por segundo para 26 metros cúbicos por segundo.
Outra informação de suma importância para o Ceará e os cearenses: já foi instalado o canteiro de obras do Canal do Salgado, ousado projeto de engenharia que reduzirá em 150 quilômetros a viagem das águas do rio São Francisco até o açude Castanhão, onde elas serão represadas e, depois, encaminhadas para o abastecimento das cidades, inclusive as da Região Metropolitana de Fortaleza.
As obras físicas do Ramal do Salgado estão sendo iniciadas nos seus primeiros 10 quilômetros. A previsão para a sua conclusão é o fim do próximo ano de 2025. Quem as executa é a Engibrás, novo nome da antiga e extinta Galvão Engenharia.
Outra informação de alta relevância de interesse dos cearenses: o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional está conduzindo as tratativas para a licitação destinada à compra das seis novas bombas que serão instaladas (duas em casa uma) nas três Estações Elevatórias do Canal Norte do Projeto São Francisco.
Com esses novos equipamentos, cada Estação Elevatória passará a operar com três bombas, elevando a vazão do Canal Norte para 50 metros cúbicos por segundo, com o que o governo alcançará o principal objetivo do Projeto São Francisco: garantir segurança hídrica ao semiárido do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte, ou seja, assegurando água para o abastecimento das populações de centenas de cidades desses três estados.
Mas as boas notícias prosseguem, agora tratando da duplicação dos sifões do Eixão das Águas, o grande canal quase totalmente a céu aberto que traz água do açude Castanhão para a Região Metropolitana de Fortaleza. A Secretaria de Recursos Hídricos do Governo do Ceará promoveu, recentemente, uma licitação para a execução das obras, cujo resultado já foi homologado.
Com essa duplicação, a vazão do Eixão das Águas, que hoje é de 11 metros cúbicos por segundo, saltará para 22 metros cúbicos por segundo, o que assegurará o abastecimento permanente de Fortaleza e das cidades de sua Região Metropolitana. Nessa obra, a SRH investirá R$ 1,2 bilhão oriundos de um financiamento concedido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Daquele total, R$ 500 milhões já foram liberados para a SRH.
Para o início das obras, falta só a Ordem de Serviço.
Quanto ao Cinturão das Águas (CAC), outro empreendimento do governo estadual, esta coluna pode informar, com base nas mesmas fontes públicas e privadas, que suas obras avançam, com previsão de conclusão nos próximos dois anos.
O CAC inicia-se na barragem do Jati, no Sul do Ceará – onde são despejadas as águas do Canal Norte do Projeto São Francisco – e estende-se até Nova Olinda e Crato, de onde se dirigem até as nascentes do rio Cariús.
O objetivo do CAC é garantir o abastecimento de água de todo o Cariri (são 28 municípios que integram a região) e, também, de parte do alto sertão do Jaguaribe.
Trata-se de um projeto que o governo do Ceará criou e implementa há mais de 15 anos, sem solução de continuidade ao longo desse tempo. O conjunto dos grandes, médios e pequenos açudes públicos existentes no Ceará tem capacidade para represar um oceano de 18 bilhões de metros cúbicos de água.