De maneira discreta, mas eficiente, a Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), em parceria com o Sebrae e o governo do Estado, por meio de sua Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE), está executando, em 77 pequenas propriedades rurais de vários municípios, o programa Forrageiras do Ceará, cujo objetivo é assegurar a produção de volumosos – alimentos ricos em nutrientes para rebanhos bovinos de leite e de corte, que podem ser ensilados.
Granes fazendas de pecuária leiteira no Ceará já as cultivam.
O programa da Faec, Sebrae e SDE já coletou e analisou amostras do solo e da água subterrânea das fazendas onde ele se desenvolve, cujos resultados foram muito bons, segundo revelou à coluna o presidente da Faec, Amílcar Silveira,
Com recursos dos seus três empreendedores, o Forrageiras do Ceará, cujo público-alvo é preferencialmente o pequeno produtor rural, pretende criar um “banco de sementes” que será o alicerce do empreendimento.
Funciona assim: em cada pequena propriedade, está sendo ocupado apenas um hectare para a produção de sementes de capim, milho e palma, entre outros volumosos. A primeira produção fornecerá as sementes para a produção subsequente, que poderá ser feita em áreas de um, dois, três ou mais hectares.
“Nossa meta é, até dezembro do próximo ano de 2025, implantar o programa em duas mil propriedades rurais nas diferentes regiões do Ceará”, informou Amílcar Silveira, acrescentando um detalhe importante: a Faec, o Sebrae e a SDE garantem os custos de implantação do primeiro hectare de produção das sementes de volumosos. Isso incluirá despesas com análises do solo e da água, adubação, assistência técnica e fornecimento de sementes.
“A partir daí, cada produtor assumirá os custos e escolherá que variedade de volumoso deseja plantar em sua área”, explicou o presidente da Faec.
No Programa Forrageiras do Ceará, estão sendo investidos R$ 23 milhões, repartidos entre os três sócios do empreendimento.