Economia tem hoje a super quarta-feira. Selic em queda

Aposta de 10 entre 10 economistas indica que a taxa de juros cairá de 11,75% para 11,25%.

Hoje, 31, último dia deste mês de janeiro, é a aguardada super quarta-feira. 

Nos Estados Unidos, o Comitê do Mercado Aberto do Federal Reserve, que é o Banco Central de lá, anunciará, por volta das 15 horas, se manterá ou não as atuais taxas dos juros diretores da economia norte-americana, que hoje giram em torno de 5% ao ano. 

Aqui no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciará, por volta das 18h30, a nova taxa de juros Selic, que hoje está no patamar de 11,75%. Dez em cada 10 economistas apostam que o Copom reduzirá em mais meio ponto percentual a taxa básica Selic, que cairá para 11,25% ao ano. 

O que o mercado aguarda não é a nova taxa de juros, que não trará surpresa, mas o conteúdo do comunicado que será divulgado após a reunião do Copom. Nele, haverá indicações sobre o que acontecerá com a Selic nas próximas reuniões do comitê. 

O comunicado deverá trazer otimismo com relação à queda da inflação, mas, certamente, trará advertência sobre o setor de serviço, onde a taxa inflacionária não dá sinal de queda. Também haverá no comunicado sinal de preocupação com a política fiscal do governo, cujas contas fecharam 2023 com um rombo de R$ 230 bilhões.

O governo, por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, insiste no discurso de que trabalha para zerar o déficit orçamentário neste ano, mas é quase nula a possibilidade de que isso aconteça por causa da dificuldade de obtenção de uma receita extra de R$ 168 bilhões. 

Por causa da expectativa em torno desta super quarta-feira, a Bolsa de Valores brasileira operou novamente em queda, ontem, fechando o pregão com baixa de 0,86%, aos 127.401 pontos.

O dólar, por sua vez, encerrou o dia na estabilidade, ou seja, com a mesma cotação da véspera: R$ 4,94.