Novidade tecnológica na geração de energia solar fotovoltaica: a Potiporã, maior fazenda de criação de camarão do Brasil, que integra o Grupo Samaria, controlado pelo empresário cearense Cristiano Maia, instalou e já está usando o “track”.
É um sistema que acompanha o movimento do sol. Ele permite que o conjunto de placas fotovoltaicas se mova à medida que se movimenta o sol. Ou seja, do amanhecer até o crepúsculo, as placas estão sempre de frente para a luz solar, tirando dela aproveitamento de 100%. Esta informação foi transmitida ontem pelo próprio Cristiano Maia durante reunião de empresários da indústria e da agropecuária.
Também foi revelado que as grandes empresas mundiais de energia solar fotovoltaica estão a finalizar pesquisa que criará o sistema de “venda de energia solar nas 24 horas do dia”, como disse Raimundo Delfino Neto, sócio e diretor da Santana Textiles, que sonha em usar, no curtíssimo prazo, energia solar para mover os pivôs centrais de irrigação instalados na sua fazenda de produção de algodão e soja na Chapada do Apodi, no Leste do Ceará.
Cristiano Maia, maior carcinicultor do país, instalou e opera há um ano em sua Potiporã, no vizinho Rio Grande do Norte, um gigantesco parque de geração de energia solar fotovoltaica que garante durante todo o dia o funcionamento de sua unidade de beneficiamento de camarão, de suas câmaras frigoríficas e de seus laboratórios. A Potiporã é uma fazenda com área de quase 2mil hectares.
Ainda na mesma reunião, Delfino Neto contou o que viu, ouviu e sentiu na recente Agrishow, maior feira mundial da agropecuária, realizada em Ribeiro Preto (SP) durante a semana passada.
Impressionou-o a tecnologia das máquinas e dos implementos agrícolas produzido pela indústria brasileira e expostos na feira, cujo negócios alcançaram a cifra de R$ 11,2 bilhões.
Os grandes fabricantes, como a New Holland Brasil, juntaram-se a startups, incorporando suas novas tecnologias.
“O que mais me impressionou foi o nível de precisão dessas gigantes e caríssimas máquinas, que monitoram as culturas com 100% de acerto, usando satélites e drones, informou ele.
Delfino Neto também explicou que a alta precisão das novas máquinas de pulverização expostas e vendidas na Agrishow, incluindo drones, é tamanha, que elas também registram 100% de precisão, “e tudo controlado por computadores”.
Cristiano Maia aproveitou a reunião para informar que, a partir do fim deste mês, começará a vender touros da raça Girolando (cruzamento da raça Gir com a Holandesa) que estão em regime de engorda em sua Fazenda 3 Irmãos, em Jaguaribe.
“Serão 300 cabeças a R$ 300 por arroba”, anuncia ele.
VEM AÍ O GIGA MALL
Quase em silêncio, está sendo construído no bairro de Messejana, o Giga Mall, um shopping popular voltado ao setor atacadista da moda. A abertura do empreendimento está prevista para maio do próximo ano.
O Giga Mall já tem prontos 95% de sua estrutura de concreto pré-moldado. Os 5% restantes ficarão prontos até o fim deste mês, com o que estará concluído um terço de toda a obra.
O novo shopping terá 70 mil metros quadrados de área construída.
Na sua Área Bruta Locáve (ABL)l, ainda não conhecida, o Giga Mall contará com mais de 1.200 operações (podem chamar-me de lojas ou boxes), estimando-se que gerará cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos, segundo informa seu superintendente, Régis Tavares.
O TWITTER DEPOIS DE ELON MUSK
Uma semana depois de comprar o Twitter por US$ 44 bilhões, o bilionário norte-americano Elon Musk ri de orelha a orelha.
Reparem: o Twitter sob o comando de Musk teve o valor de sua marca valorizado em 85%, chegando aos US$ 5,7 bilhões, segundo a Brand Finance, uma consultoria mundial, que divulgou pesquisa sobre o valor de marcas de mídia.
Coincidindo com essa boa nova, na última quinta-feira, 28 de abril, o balanço do primeiro trimestre de 2022 do Twitter mostrou lucro sete vezes maior do que o registrado no primeiro trimestre do ano passado de 2021.
O líder do ranking de marcas segue sendo o Google, que vale hoje US$ 263,4 bilhões. O Twitter é só o 26º colocado, mas com viés de alta.
HIDROGÊNIO VERDE NO ORIENTE MÉDIO
Egito e os Emirados Árabes Unidos assinaram nesta semana memorandos de entendimento para cooperação em hidrogênio verde. O primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly, participou da assinatura dos acordos, que preveem a colaboração no desenvolvimento de estações de produção de hidrogênio verde na Zona Econômica do Canal de Suez e na costa do Mar Mediterrâneo, no Egito.
Um dos acordos foi firmado, no lado egípcio, pela Autoridade do Canal de Suez, o Fundo Soberano do Egito, pela Companhia Egípcia de Transmissão de Eletricidade, pela Autoridade Egípcia de Energia Nova e Renovável e pela empresa Hassam Allam Utilities, e, no lado dos Emirados Árabes Unidos, pela companhia de energia Masdar. O outro acordo foi celebrado por todos esses, menos o Canal de Suez.
Por meio dos acordos, a Masdar e Hassan Allam formaram uma parceria estratégica para colocar em funcionamento a produção do hidrogênio verde nos locais estabelecidos. O projeto deve ser implementado em diferentes etapas até 2030, com meta de produção anual até 480 mil toneladas de hidrogênio verde e capacidade de geração de quatro gigawatts de energia.
Os dois países preparam-se para sediar as duas próximas edições da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 27, no Egito ainda neste ano, e a COP 28, em 2023 nos Emirados.