Secretário Executivo de Regionalização e Modernização da Casa Civil do Governo do Estado, o economista Célio Fernando Melo aposta no futuro próximo do Ceará, cuja economia, na sua opinião, tem vocação de crescimento, principalmente porque, além da criatividade e engenhosidade dos que aqui produzem e trabalham – “um povo resiliente e com capacidade de adaptação diante de tantas adversidades, inclusive de segregações”, como ele diz – passou a ter a natureza a seu favor com o avanço da ciência e da tecnologia.
Tendo representado o Estado em recentes eventos internacionais que trataram do clima (como a COP 26, realizada pela ONU em novembro do ano passado em Glasgow, na Escócia) e da Economia do Mar (como a Conferência Oceânica, realizada em junho passado em Lisboa), Célio Fernando tem sido responsável pelas articulações e integrações para os assuntos que patrocinam a visão de futuro do Estado, representando-o em diversos fóruns nacionais e internacionais.
Ele está, e o diz, totalmente alinhado com as orientações das lideranças do senador Camilo Santana e da governadora Izolda Cela.
Diante da informação de que o governo da Bahia é o único no Brasil que já elaborou e tornou legal um marco regulatório para a produção de Hidrogênio Verde, esta coluna quis saber do secretário e coordenador da Transição Energética se o Ceará está acompanhando esse tema de grande relevância para o desenvolvimento do Estado do Ceará.
Célio Fernando respondeu, dizendo que em fevereiro do ano passado foi constituído um Grupo Técnico Estratégico para a implantação do Hub do H2V no Pecém. Os estudos desse grupo estão sendo finalizados com a participação da Universidade Federal (UFC), da CIPP S/A (empresa que administra o Complexo do Pecém e a ZPE), da Federação das Indústrias (Fiec) e do Governo do Estado, envolvendo suas diversas secretarias.
Em maio passado, foi assinado pela governadora Izolda Cela o decreto que constituiu a Comissão Especial da Transição Energética, com objetivos de atender aos compromissos assumidos internacionalmente pelo Ceará, estabelecendo as metas para as próximas duas décadas.
Há também incentivos às energias renováveis desde 2018, além do Fundo de Incentivo à Eficiência Energética, criado em 2017.
Esse arcabouço legal – explica Célio Fernando -- atende, perfeitamente, aos objetivos do governo do Ceará para o seu programa de desenvolvimento sustentável, que inclui, ainda, a economia do mar, o planejamento espacial marinho e programas de desenvolvimento “para cada área do nosso maretório, também avançado”.
O Ceará – reunindo o Governo, a iniciativa privada e a academia – “tem feito o dever de casa na transição sistêmica com muito diálogo com lideranças compromissadas, buscando a melhoria da qualidade de vida das futuras gerações”, concluiu ele, como querendo dizer que este estado já tem, também, seu marco regulatório para a produção do H2V.