Sem objetivos do 1º semestre, Ceará vê crescer pressão por resposta na Copa do Brasil e Série A

Sem Copa do Nordeste, Cearense e Sula, Alvinegro disputa, agora, as duas principais competições de 2021

O Ceará tinha três objetivos principais no 1º semestre de 2021: conquistar a Copa do Nordeste e o Campeonato Cearense e avançar de fase na Copa Sul-Americana. Todos chegaram perto de ser obtidos, e não precisaria nem atingir todos os três, mas apenas um já seria de bom tamanho.

O problema é que nenhum foi. Nos momentos decisivos, dependendo apenas de si, o time fracassou nos três. E agora, vê crescer a pressão por resposta na Copa do Brasil e na Série A do Campeonato Brasileiro, os dois objetivos restantes.

Avançar de fase na Sula não era, a princípio, obrigação para o Ceará. Mas o referencial mudou. Com a boa campanha que o próprio time fez e também com as derrotas na Copa do Nordeste e no Cearense. Sobretudo pela forma como ocorreu, liderando a competição inteira e perdendo justamente na última rodada ao ser derrotado pro time mais fraco do grupo e que já estava eliminado.

No Nordestão, venceu o Bahia por 1 a 0 no jogo de ida e, na partida de volta, dependia apenas de um empate para ser Tricampeão. Mas perdeu por 2 a 1 e foi derrotado nos pênaltis.

No Estadual, precisava de uma vitória simples sobre o Fortaleza, na decisão, para ficar com o título. Mas não passou do 0 a 0 e viu o rival ser Tricampeão.

Passar às oitavas da Sula, que seria inédito e histórico, era então o sucesso restante no 1º semestre. O jogo contra o Jorge Wilstermann era decisivo, o Ceará dependia apenas de si e de uma vitória simples, mas novamente fracassou.

O que está errado?

Isso não quer dizer que está tudo errado e tem terra arrasada. Não vejo assim. Mas está bem claro que não está tudo certo, como muitas pessoas poderiam imaginar.

E tem alguma coisa muito estranha para o time não corresponder nos momentos decisivos. Os jogos mais importantes tiveram resultados ruins. Todos eles. Algo está errado.

E penso que o problema é dentro de campo mesmo. Fora das quatro linhas, o clube tem executado o que se planejou.

Os jogadores que não estão correspondendo.

Aspecto psicológico parece pesar demais nos atletas. O físico também. Time já dá sinais de desgaste. E precisa reagir. A Série A começa agora.

O que fazer?

Somente uma boa campanha no Brasileirão, com tranquilidade e brigando por Sul-Americana e quem sabe uma Pré-Libertadores, ficando sempre longe da zona de rebaixamento, será capaz de trazer mais tranquilidade na temporada do Ceará.

Algo mais imediato que pode trazer também confiança e uma nova moral psicológica é a Copa do Brasil. Nos dias 2 e 10 de julho, o Vovô define a classificação contra o maior rival, Fortaleza, e da mesma forma que é uma grande oportunidade, representa igual perigo de piorar ainda mais.

O que será preciso fazer para recuperar o elenco e extrair o máximo do que os jogadores podem render e não estão rendendo? Este é um desafio que Guto Ferreira terá que resolver o mais rápido possível para que o Alvinegro não saia dos trilhos nas disputas restantes.