Como já informado anteriormente, começou na última segunda-feira (13) uma nova programação de conteúdo aqui na Coluna. Todos os dias, de segunda à segunda, pontualmente às 9 horas da manhã, haverá um post com um tipo de conteúdo diferente. Serão alguns "quadros" novos.
>Ceni, Guto Ferreira, gols, análises: veja todas as repercussões do Clássico-Rei
O quarto deles é voltado para Análise, que vai trazer, todas as quintas-feiras, análises e opiniões sobre os jogos de quarta-feira.
A estreia acontece com o Clássico-Rei:
O Fortaleza foi superior no Clássico-Rei e construiu a vitória por 2 a 1 sobre o Ceará com méritos na noite desta quarta-feira (16). O Tricolor fez um jogo muito consistente, organizado, disciplinado taticamente e com entrega coletiva, além de destaques individuais e efetividade nas bolas paradas. Isso fez a diferença.
Individualmente, Tinga, Carlinhos, Felipe, Romarinho e Yuri César foram os principais destaques leoninos.
Em campo, foi perceptível outro aspecto: a diferença entre duas equipes que vivem momentos opostos. Enquanto o Fortaleza inicia o 3º ano seguido sob comando de Rogério Ceni, Guto Ferreira fez apenas seu segundo jogo pelo Ceará.
De cara, isso deixa duas coisas bem claras: a superioridade do Fortaleza é fruto de continuidade. No Ceará, é preciso paciência com o trabalho que se inicia.
Isso é algo natural. São duas equipes em estágios diferentes de execução do trabalho.
O Tricolor esteve melhor postado, se adequou com mais facilidade às situações de jogo e demonstrou, além de entrosamento, perfeito conhecimento do plano tático de seu treinador. As movimentações são coordenadas e foram bem executadas, tanto nos momentos defensivos como ofensivos, em que pesem alguns erros técnicos e de tomadas de decisão.
São três anos com o mesmo treinador, que tem respaldo da diretoria, confiança plena da torcida, conhece detalhadamente cada peça do elenco, formatou um modelo de jogo e busca reforços para fortalecer essa ideia de atuação.
É exatamente de tudo isso que Guto Ferreira precisa no Ceará, em um trabalho que apenas se inicia, após as passagens de Argel Fucks e de Enderson Moreira.
Foi somente o segundo jogo do comandante alvinegro. É verdade que o time apresentou problemas, com um segundo tempo ruim (também pelo aspecto físico), falta de criatividade e dificuldades de finalização. Individualmente, não dá pra apontar destaques positivos do clássico. Mas não se pode colocar na conta do treinador todos os problemas.
A impaciência da torcida tem muito das frustrações de um 2019 muito ruim. A cobrança agora é maior. Mas Guto Ferreira tem boas ideias. Diferente de Argel, por exemplo, que não mostrava perspectivas animadoras. O "Gordiola" é um treinador capaz de extrair mais do elenco do Ceará. Mas será preciso tempo.
A dúvida é se haverá paciência para isso.