O crescente interesse dos investidores em criptomoedas é notório, e o Bitcoin é aquela que chama mais atenção. Apesar da evolução do mundo das criptomoedas, ainda existe grande número de pessoas que desconhece as diferentes maneiras de alocar seus recursos em criptoativos, como o Bitcoin.
Para alocar recursos em Bitcoin, de forma geral, existem três maneiras.
A compra da moeda digital, por meio de uma Exchange, é, digamos, a maneira “raiz” de adquirir Bitcoin. As Exchanges, que são corretoras de criptomoedas, são plataformas eletrônicas que permitem realizar as transações de compras e vendas das moedas digitais.
Assim, o interessado em comprar Bitcoin deve abrir uma conta em uma Exchange de sua preferência, enviar os recursos e efetivar a compra das criptomoedas. Vale lembrar que, além do Bitcoin, podemos citar a Ethereum, XRP, Tether, Binance Coin, Cardano e Dogecoin.
Após a compra do Bitcoin, é recomendado retirar da Exchange, em razão de possíveis ataques de hackers ou até mesmo fraudes. De certa forma, parece complexo esse procedimento de retirada, mas, basicamente, trata-se de como serão armazenadas suas moedas digitais, que podem ser de 3 formas: Hot Wallet, Cold Wallet, Paper Wallet.
Confesso que esse “jeito raiz”, sobretudo para o investidor em geral, é mais trabalhoso, pois exige organização, dispêndio de tempo e maior atenção na compra e guarda dos seus Bitcoin’s.
A segunda maneira de comprar Bitcoin, que recentemente foi disponibilizada no Brasil, é através de ETF’s, que dispensa praticamente todos os procedimentos anteriores, sendo necessário apenas o cadastro em corretora de valores, digamos mais tradicionais, as que usamos para aquisição de ações e fundos imobiliários, por exemplo.
Dessa forma, com a conta na corretora tradicional, basta o envio dos recursos e a compra das cotas de ETF em home broker. Sobre ETF’s, recomendo a leitura da coluna “Vale a Pena Investir em ETF?”.
No Brasil, atualmente, temos 2 ETF’s de criptomoedas, sendo o QBTC11, dedicado 100% ao Bitcoin, enquanto o outro ETF, denominado de HASH11, é composto por grande parte de Bitcoin (superior a 60%), além de outras 7 criptomoedas, no qual é possível fazer uma cesta de criptomoedas. Os preços de aquisição do QBTC11 e HASH11 estão em torno de R$10,00 e R$30,00, respectivamente.
A terceira maneira de investir em Bitcoin, ou mesmo em outras criptomoedas, é através de fundos de investimentos. A indústria de fundos no Brasil é altamente sofisticada, em que os gestores, sobretudo em fundos multimercados, utilizam na sua estratégia a alocação em criptomoedas. Entre os fundos mais conhecidos, estão os Fundos Hashdex NCI 20 e o BTG Pactual Bitcoin 20 FIM.
Vale dizer que existem fundos de investimentos ainda mais agressivos, com alocação em até 100% em criptomoedas, mas exigem valores de aplicação elevados e investidores classificados como qualificados ou profissionais.
Por fim, lembramos que este texto não é uma recomendação de investimentos. Lembre-se, na hora de investir, sempre busque profissionais especializados para avaliar o seu perfil e alinhar seus objetivos financeiros com os produtos de investimentos disponíveis.
Grande abraço e até a próxima semana!
*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.