O Fortaleza protagonizou a 2ª maior venda da história do futebol nordestino com a transferência do volante Hércules ao Fluminense. A operação foi oficializada nesta sexta-feira (19) com o montante de R$ 29 milhões na negociação, que proporcionou uma receita direta ao Leão, mas pode garantir mais.
Conforme noticiado pelo Diário do Nordeste, os direitos econômicos do jogador estão distribuídos entre Fortaleza, Atlético-CE e Tiradentes. Os clubes buscam um alinhamento sobre quanto cada um receberá pelo acordo. A reportagem apurou que a equipe leonina ficará com cerca de R$ 16 milhões.
No processo, no entanto, o clube garantiu também a manutenção integral de 30% dos direitos econômicos do Hércules em uma venda futura do Fluminense. Logo, pode ampliar mais esse valor.
A condição foi essencial para a conclusão da operação, em uma aposta interna de valorização do meio-campo de 24 anos. Em agosto, por exemplo, o clube carioca anunciou a venda do volante André ao Wolverhampton-ING por 22 milhões de euros (R$ 135 mi) fixos, maior da história do clube.
Mecanismo de solidariedade
No futuro, além de receber com uma eventual venda do Fluminense, o Fortaleza também sempre receberá uma cota mínima em cada nova operação devido ao Mecanismo de Solidariedade da Fifa.
O regulamento é um benefício aos clubes formadores, com um índice que pode chegar ao repasse de até 5% do valor de cada transação, sendo obrigatório. A abrangência é para atletas até 23 anos.
Hércules chegou ao Pici em 2022, na época comprado por R$ 250 mil junto ao Atlético-CE. Antes, havia atuado por empréstimo em 2021 no time Sub-23. Assim, a venda ao Fluminense é 116 vezes maior que o investimento inicial. Com o Mecanismo de Solidariedade, detém algo próximo de 1,5%.