Conmebol notifica Fortaleza e pode punir clube por briga de torcidas organizadas na Sul-Americana

O caso de violência ocorreu no jogo com o Corinthians, na última terça-feira (26)

A Conmebol abriu um processo disciplinar contra o Fortaleza por conta da briga entre organizadas do clube na semifinal da Copa Sul-Americana da última terça-feira (26), no empate em 1 a 1 com o Corinthians, em Itaquera. O Diário do Nordeste apurou que o time foi notificado e pode ser punido.

Em um dos momentos mais importantes da história tricolor centenária, as imagens que repercutiram no Brasil e no exterior foram do conflito nas arquibancadas. Episódio que se repetiu na sexta (29), quando esses grupos foram convocados pela gestão para selar um acordo de paz e tiveram nova confusão.

Assim, o clube terá uma audiência marcada pela entidade que gerencia o futebol da América do Sul e tem até a possibilidade de sofrer sanções, como multas ou restrição de público em partidas futuras.

Vale ressaltar que o Fortaleza encara o Corinthians nesta terça (3), na Arena Castelão, às 21h30, em disputa por vaga na final. Uma eventual decisão será em 28 de outubro, no estádio Domingo Burgueño, em Maldonado, no Uruguai. A outra semifinal tem Defensa y Justicia-ARG x LDU-EQU.

No momento, o departamento jurídico trabalha na documentação para prestar os devidos esclarecimentos e tentar resguardar a agremiação. No fim, esse foi o saldo da violência na arquibancada para o clube.

Afastamento necessário

“O Fortaleza não mais reconhece a existência institucional de TUF e JGT”. A nota oficial do clube, emitida no sábado (30), é um movimento histórico lamentável, mas também uma demonstração evidente de que a instituição centenária é maior que qualquer animosidade e não pode mais ser refém da violência.

De forma corajosa e firme, a diretoria tricolor rompeu qualquer relação com as principais organizadas em uma ação que reforça o cuidado real com o torcedor. As cenas lamentáveis, que se repetiam com cada vez com mais frequência, não podiam tomar conta do espetáculo e dos capítulos históricos da equipe.

Logo, a medida é correta. O Fortaleza precisava se distanciar de quem o estava fazendo mal - apesar da violência ser praticada por uma minoria. E a ação deve ser acompanhada por outras instâncias, o problema também é segurança pública. O Governo do Estado, o Ministério Público e os demais órgãos também precisam trabalhar para a identificação dos criminosos que utilizam o esporte como vitrine para perpetuar o caos e a baderna.