Veja os produtos e os serviços com as maiores altas e quedas este ano em Fortaleza

Inflação foi amainada pelas medidas que reduziram conta de energia e valor do combustível; alguns produtos resistem e seguem pesando no bolso dos consumidores

A redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a energia elétrica e combustíveis, além da diminuição dos preços da gasolina e do diesel praticados pela Petrobras, puxaram os indicadores inflacionários desses itens para baixo em agosto deste ano, em Fortaleza e na Região Metropolitana. 

Por outro lado, o leite, frutas e vegetais seguem em alta, pressionando o orçamento das famílias, sobretudo, aquelas de faixas de renda mais baixas. 

Enquanto a gasolina cai às vésperas das eleições, o seguro de veículos dispara 52,02% e o óleo diesel encarece 35,53%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia oficial de inflação do Brasil. 

O conselheiro Regional de Economia do Ceará (Corecon), Vicente Férrer, observa que as altas e baixas das frutas são uma característica do tipo de alimento, que sofre influência da sazonalidade relacionada às estações do ano e questões climáticas.

O leite é um exemplo de como a entressafra pode pressionar os valores. Consequentemente, os derivados encarecem. 

O que esperar dos preços?

O economista Vicente Férrer pondera, contudo, que a redução do ICMS sobre combustíveis e a energia elétrica também derruba o custo da produção industrial e de outros setores econômicos, empurrando para baixo o valor de uma série de produtos com esses componentes atrelados à cadeia produtiva. 

Nesse contexto, a expectativa segue de quedas em diversos segmentos neste ano. “Em 2023, a tendência é que tenhamos um crescimento maior [da economia], mantidas as atuais medidas”, avalia.

"Independentemente do governo que deverá assumir, não será um ano político. Se os candidatos que agora estão participando dos programas se prontificarem a realizar as reformas, principalmente a tributária e a administrativa, com certeza, o Brasil entrará numa nova arrancada de crescimento, considerando que já somos um grande produtor de commodities e temos muito a crescer", finaliza.