O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem (11) o 13º salário a beneficiários do Bolsa Família. No Ceará, a medida vai movimentar R$ 200 milhões, recurso a ser liberado aproximadamente para 1 milhão de famílias que recebem o auxílio no Estado, segundo o diretor do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef/CE), Eliardo Vieira. Ele pondera, contudo, que a repercussão é relativamente modesta na economia.
"É um impacto que tem um cunho social bastante relevante, mas também tem um cunho político importante. Não é um impacto que seja algo tão representativo para o Produto Interno Bruto (PIB). Você receber mais uma parcela dessa propicia um movimento na economia, mas é algo relevante para a pessoa que está recebendo o recurso", opina.
Segundo ele, os beneficiários do Programa devem usar o dinheiro extra no pagamento de dívidas. "O recurso é mais para a quitação de algumas dívidas do que propriamente girar a economia, ressaltando que, no fim do ano, o décimo de uma forma ampla movimenta muito mais a economia. Não é um valor significativo economicamente, mas é um valor significativo do ponto de vista da melhoria dessa população".
Medida provisória
De acordo com o Ministério da Cidadania, responsável pelo repasse dos recursos, o Planalto vai enviar ao Congresso medida provisória somente em outubro, para que ela esteja em vigor em dezembro, quando o 13º entraria na conta dos cerca de 13,7 milhões de beneficiários do programa.
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, disse que os R$ 2,58 bilhões necessários para o pagamento estão garantidos no Orçamento, após aprovação da Junta Orçamentária, em entendimento de pasta com o Ministério da Economia que resultou na reacomodação de recursos provenientes de ajustes.