Regiões de Tauá, Aracati e Iguatu permanecem com aumento de casos de Covid-19, diz boletim da Sesa

Os dados também apontam que o mês de setembro apresentou o menor índice de mortes por dia no Ceará desde maio

Escrito por Redação ,

Segundo boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), das 22 Áreas Descentralizadas de Saúde (ADS) do Estado, apenas três apresentaram incrementos de casos de Covid-19 no período de 9 de agosto a 5 de setembro. As ADS de Tauá, Aracati e Iguatu tiveram aumento de 56,1%, 49,3% e 6,2%, respectivamente, no número de casos da doença no período citado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (18).

Apesar da alta nestes municípios, o interior cearense, considerando as macrorregiões, segue a tendência da Região Metropolitana de Fortaleza de queda no número de diagnósticos positivos de Covid-19 e de óbitos pela doença, de acordo com dados do IntegraSUS.

As mesmas regiões já apareciam entre as ADS com registro em alta de casos da Covid-19 citadas no boletim da Sesa divulgado no último dia 10 de setembro, que levou em conta dados coletados entre os dias 2 e 29 de agosto. O aumento registrado no último boletim foi o seguinte:

  • Tauá - passando de 230 para 359 casos (+56,1%)
  • Aracati - passando de 146 para 218 casos (+49,3%)
  • Iguatu - passando de 1.234 casos para 1.310 (+6,2%)

A ADS corresponde ao município polo e regiões vizinhas, é uma divisão criada pelo Governo do Estado do Ceará para descentralizar o foco da capital.

Média de mortes

Em relação ao registro de mortes, é a ADS de Crateús que chama atenção, com um aumento de 114,3%. A região passou de 7 para 15 mortes no período das Semanas Epidemiológicas (SE) 33 e 34, e 35 e 36, correspondendo ao intervalo de 9 de agosto a 5 de setembro.

Também tiveram incremento nas mortes as seguintes ADS:

  • Tauá - passando de 2 a 3 mortes (50,0%)
  • Cascavel – passando de 7 a 9 mortes (28,6%)
  • Icó - passando de 12 a 14 mortes (16,7%)
  • Iguatu – passando de 15 a 17 mortes (13,3%)

O mês de setembro teve o menor índice de mortes por dia no Ceará (15,3), se comparado aos meses de maio (124,3), junho (66,7), julho (39,4) e agosto (21,4).

De acordo com o boletim, a Capital registrou queda de casos e óbitos entres as SEs 33 e 36 (-21,2% e - 37,1%). No Interior, apesar de diferentes cenários entre as regiões, também houve redução de casos e óbitos suspeitos e confirmados para Covid-19 (-23,8%; -28,7%).

> Fortaleza permanece registrando queda da média diária de mortes por Covid-19

“Verifica-se uma redução na média de óbitos acentuada a partir da última semana de maio, com uma redução de 63,7% entre 22/05 e 30/06/2020. No mês de julho (de 1º a 31/07) observa-se uma redução de 41,8% na média móvel de 7 dias e em agosto, entre os dias 1º e 31, essa redução foi de 47,6%”, mostra o boletim da Sesa.

Em setembro, a secretaria afirma que, “apesar de existir redução diária em relação a 14 dias atrás, observa-se uma estabilização na média de óbitos dos 7 dias”.

A tendência de redução apontada no boletim da Sesa vai de encontro aos dados divulgados pelo Consórcio dos Veículos de Imprensa do Brasil, que apresenta um aumento nos registros do Ceará. A discrepância levou o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) a solicitar uma explicação da Sesa, que tem até a próxima segunda-feira (21) para comprovar seus números.

Incidência no Estado

  • Região de Saúde Fortaleza: o município com maior incidência acumulada, até 12 de setembro, foi Acarape (10.650,0 casos por 100 mil habitantes), seguido de Redenção e São Gonçalo do Amarante com taxas de 5.113,5 e 4.802,5 respectivamente.
  • Região Norte do Ceará: Frecheirinha teve a maior incidência acumulada (10.771,9 casos por 100 mil habitantes), seguida por Groaíras e Chaval, com taxas de 6.482,5 e 6.101,0 respectivamente.
  • Cariri: o município com maior incidência foi Quixelô (5.972,2 casos por 100 mil habitantes). Logo depois vem Farias Brito, com 5.497,3 casos por 100 mil habitantes, e Juazeiro do Norte com taxa de 5.447,4 casos por 100 mil habitantes.
  • Região do Litoral Leste/Jaguaribe: o município que registrou maior incidência acumulada foi Jaguaretama (4.187,4 casos por 100 mil habitantes) seguido de Jaguaribe e Russas com taxas de 3.812,4 e 3.708,2 respectivamente.
  • Sertão Central: Itatira teve a maior incidência acumulada, com 4.123,0 casos por 100 mil habitantes. Além de Quixadá e Ibicuitinga, com taxas de 4.112,9 e 3.720,1 cada uma.
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