Local de grande circulação de veículos, a curva próxima ao Centro das Tapioqueiras, em Messejana, tem sido palco de acidentes de trânsito, segundo relatam comerciantes e moradores da região. A curva é localizada na CE-040, continuação da avenida Washington Soares.
O trecho mais crítico, de acordo com garçom Evaldo Norberto, 52 anos, é na bifurcação entre a CE-040 e a rua José Hipólito, que mais à frente vira a Estrada do Fio, no sentido Fortaleza-Eusébio. O funcionário trabalha há sete anos no restaurante Tempero da Tia Lúcia, próximo à divisão da pista, e relata ao Sistema Verdes Mares que os acidentes são comuns.
“Quem vem na Estrada do Fio e chega na separação com a CE-040 tem que parar, né? Mas muitas vezes não param e isso já causou muito acidente. É a imprudência das pessoas, que andam em alta velocidade. Não passa um mês sem ter acidente aqui”, relata.
Sem mortes? Ajudante de motorista falece após caminhão colidir com poste
Segundo o Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE), até junho deste ano, foram registrados sete acidentes, com apenas um ferido e nenhuma vítima fatal. Ao que parece o óbito do ajudante de motorista em maio deste ano não aparece nas estatísticas oficiais, depois do caminhão colidir com poste na curva.
O órgão afirma ainda que o número de ocorrências com feridos diminuiu 79% nos últimos dois anos.
“Não houve nenhum registro de 'vítima fatal' (SIC) nos anos de 2017 e 2018, quando foram implementadas as mais recentes melhorias na rodovia, que incluíram o fechamento de retornos e implantação de semáforos”, informa o departamento por meio de nota.
Nas proximidades da bifurcação, há uma faixa de pedestres. Para Fernanda Silva, gerente de um posto de combustível perto do local, esta faixa, mesmo sendo para garantir a segurança de quem passa por lá, já causou colisões. “A faixa de pedestre é quase em cima da bifurcação. Já aconteceu de motorista reduzir a velocidade por conta da faixa e o veículo de trás não conseguir frear a tempo”, conta.
Segundo a gerente do Fio Posto, se a faixa estivesse localizada em outro trecho da avenida, os transtornos seriam diminuídos. Para além deste fator, ela também reconhece a ocorrência de acidentes na bifurcação. “Mas os acidentes não acontecem pela existência da bifurcação, é pela imprudência de motoristas”, afirma Fernanda.
O trecho, conforme o Detran-CE, “é monitorado constantemente pelas equipes de engenharia de tráfego e sinalização, visando melhorar o fluxo de veículos bem como a redução de acidentes”. A velocidade máxima na via é de 60 km/h e “em toda a área urbana é verificada por equipamentos de fiscalização eletrônica, reforçada por sinalização horizontal e vertical”, conforme o órgão.
Insegurança no trânsito e faixa de pedestre
O aposentado Nogueira Barbosa, 61, é morador do bairro Guajiru e também confirmou a ocorrência de acidentes na região.O idoso passava próximo à bifurcação para ir ao banco quando conversou com a reportagem. Para ele, como pedestre, a situação também é complicada. “Fui atravessar na faixa de pedestre e quase sou atropelado. Muita gente vem em alta velocidade”, comenta, sobre um episódio ocorrido no mesmo dia da reportagem.