Cearense 2021: Barbalha aposta em caras novas e mira competições nacionais

Com trabalhos importantes no Rio Grande do Norte e Pernambuco, o técnico Higor César comandará a Raposa em sua primeira passagem pelo futebol cearense

O Barbalha chega a sua terceira disputa consecutiva do pela Série A do Campeonato Cearense mirando conquistar uma vaga nas competições nacionais de 2022. Na sua estreia, em 2019, liderou a primeira fase e pôde disputar a Copa do Brasil no ano seguinte. Já no passado, ficou a um ponto de repetir o feito. Com um elenco, em parte, desconhecido do futebol cearense, mas com destaque em outras praças nordestinas, como Pernambuco e Rio Grande do Norte, a Raposa apostou em Higor César, de 38 anos, para comandar o time, que almeja lutar por uma vaga na série D.

Ficha técnica

Sem disputar a Taça Fares Lopes, o tricolor do Cariri focou numa pré-temporada intensa. Foram quatro semanas de treinamento, focando, a princípio, na parte física e, por último, no setor tático. “Estamos praticamente saindo da pré-temporada. As três primeiras semanas foram muito intensas, com trabalho de duração mais longa, mais forte. Na semana que antecede a estreia, começamos a tirar um pouco o pé, porque o jogo é fora de casa e tem a questão da viagem, que já causa um desgaste”, detalha Higor. A Raposa estreia contra o Guarany, em Sobral, na próxima quarta-feira (10), às 15h30.

Torcedores apresentam times do Cariri

Para este desafio, conta com o experiente goleiro Camilo, de 31 anos, formado no Atlético-MG e com passagens por ABC e América de Natal. No Ceará, também jogou pelo Icasa, na Série B do Campeonato Brasileiro, em 2013. Homem de confiança do treinador com quem trabalhou, por último, no Globo-RN, o arqueiro chega com grande expectativa: "Viemos de uma preparação boa. Estamos agora completando a quarta semana de trabalho. Queremos chegar na quarta-feira e fazer um grande jogo e já começar com pé direito”, imagina.

Antes da estreia, o Barbalha disputou um amistoso contra o Cariri Football Club, que disputa a série C do Campeonato Cearense. A Raposa venceu por 2 a 1, em casa, no Inaldão. “Gostei da movimentação, faltaram alguns ajustes. O Cariri marcou forte, exigiu muito. O teste foi bom. Tivemos evolução e, nesta semana, venho cobrando individualmente, coletivamente. Está muito positivo para encarar essa estreia”, acredita o treinador.

Grupo jovem

O elenco montado mescla experiência e juventude. “70% da equipe são jogadores que indiquei e trabalharam comigo e outros fomos monitorando e já enfrentei”, descreve Higor César. Um destes atletas que já tem afinidade com o técnico do Barbalha é o atacante Hudson, de 29 anos, que está na sua segunda passagem pelo futebol cearense — em 2016, vestiu a camisa do Fortaleza. Centroavante, ele é a esperança de gol da Raposa. “A preparação foi muito boa. Todo mundo está comprometido. O trabalho físico foi muito bem aprimorado”, conta.

Formado no Botafogo, Hudson também teve passagens por clubes menores do Rio de Janeiro, como Macaé, Boa Vista, América, Olaria e Friburguense. Seu último clube foi o Carapebus, onde disputou a terceira divisão do Campeonato Carioca e marcou 11 gols em 12 jogos. O convite para jogar no Barbalha partiu do próprio Higor César, com quem trabalhou no Globo, do Rio Grande do Norte. “Espero fazer muitos gols. O Campeonato Cearense é uma vitrine, com dois times na série A e, agora, dois times na série C”, exalta o centroavante.

Restando pouco mais de três dias para a estreia, o comandante do Barbalha ainda espera mais um ou dois reforços para fechar o elenco. “O grupo está bom, mas sabemos que não está fechado. Converso diariamente para qualificar nossa equipe”, confessa Higor, sem detalhar quais posições necessita.

Como a primeira fase tem apenas sete jogos, o treinador não esconde que o primeiro objetivo é garantir a Raposa na elite do futebol cearense em 2022. “Mas queremos chegar o mais longe possível. De repente, conseguir o título desta primeira fase”. Com adversários diretos como Icasa, Ferroviário, Caucaia e Pacajus em atividade, por causa da disputa da Taça Fares Lopes, Higor admite que estes clubes estão com maior ritmo de jogo e entrosamento. Por outro lado, acredita que o desgaste pode ser decisivo: “Creio que, para início de competição, estará tudo muito parelho”, completa.