Irmãos Menendez devem comparecer ao tribunal pela primeira vez nesta segunda (25) após quase 30 anos

O caso deles voltou a ganhar força em parte devido à minissérie da Netflix

Os irmãos Lyle e Erik Menendez, em prisão perpétua pelo assassinato dos pais em uma luxuosa mansão de Berverly Hills em 1989, apresentam-se novamente nesta segunda-feira (25) ante um juiz no auge da campanha por libertação após 34 anos de prisão

Os Menendez foram condenados em 1993, depois dos julgamentos extensamente cobertos pela imprensa que lhes deram ampla notoriedade. 

Na época, a Promotoria os acusou de matar a sangue-frio o pai José, um imigrante cubano que se tornou executivo do setor musical, e Mary Louise “Kitty”, uma ex-rainha da beleza, para ficar com uma herança de US$ 14 milhões (R$ 81 milhões na cotação atual).

Mas a defesa retratou os meninos, que tinham 21 e 18 anos na época do crime, como vítimas de abuso sexual e psicológico nas mãos de um pai extremamente controlador e de uma mãe negligente.

O caso voltou a ganhar força em parte devido à minissérie da Netflix “Monstros: Irmãos Menendez: Assassino dos Pais” e a um documentário.

Os Menendez estão detidos em San Diego, a cerca de 265 quilômetros do tribunal ao norte de Los Angeles que decidirá o futuro deles.

De lá, eles aparecerão virtualmente na audiência desta segunda-feira, disse seu advogado à imprensa local.

A campanha em busca de sua libertação, com figuras como Kim Kardashian, tem uma voz constante em Tammi Menendez, esposa de Erik, que na semana passada foi à rede social para exigir: “Libertem-nos antes das festas de fim de ano!".

Em meio à expectativa para ver a aparência dos irmãos, hoje com 56 e 53 anos, o tribunal sorteará 16 assentos dentro do tribunal para membros do público em geral.

A defesa dos Menendez

A defesa dos irmãos trabalha em três alternativas para libertá-los. O advogado Mark Geragos tenta mudar a acusação de assassinato em primeiro grau para homicídio culposo.

Isso poderia significar a liberdade imediata dos irmãos, que já ultrapassaram a pena máxima para essa acusação na Califórnia, que é de onze anos.

A alternativa é obter uma nova sentença, o que abriria caminho para que eles buscassem a liberdade condicional.

Geragos também fez um pedido formal de clemência ao governador da Califórnia, Gavin Newsom.