A ex-BBB Flayslane foi às redes sociais, neste domingo (16), mostrar os efeitos do "chip da beleza" em seu corpo. A cantora publicou um vídeo em que aparece com o rosto repleto de erupções cutâneas e alertou seguidores sobre a falta de informação a respeito do tratamento.
"A questão é a falta de informações dos próprios médicos sobre ser um chip cheio de hormônios. Nada disso foi passado, na época, pra mim. Por isso mesmo, a importância de levar a informação pra TV, pra que outras pessoas não caiam na mesma cilada", escreveu ela no Twitter.
O relato sobre o uso do chip foi dado pela ex-BBB foi destacado em reportagem do Fantástico veiculada neste domingo. Embora também tenha sofrido queda de cabelo, as erupções cutâneas foram o maior incômodo de Flay. "Minha pele foi a minha maior tristeza. Meu rosto começou a encher completamente de espinha", disse ela ao programa da TV Globo.
Além disso, a vencedora do The Masked Singer Brasil revelou que, devido ao chip, ganhou 10 quilos.
O que é o chip da beleza?
Em entrevista ao gshow, a ginecologista certificada em implantes hormonais, Luciana Murisaber, explicou que, do ponto de vista da medicina, o "chip da beleza" nada mais é que um "implante hormonal".
"Com até 1,5 centímetro, o chip [bastonete de silicone] é implantado embaixo da pele, na região do quadril, e pode conter testosterona, estrogênio, gestrinona ou progesterona. Os hormônios são definidos de acordo com a carência de cada paciente", disse a profissional.
Ela acrescentou que o dispositivo é "totalmente individualizado" e feito para "suprir carências hormonais do paciente e, assim, gerar uma melhora do seu condicionamento físico. [...] Melhora estética é uma consequência", concluiu.
Proibição de anabolizantes
Na última semana, o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu que médicos prescrevam esteroides anabolizantes para fins estéticos e esportivos.
Segundo as novas regras, publicadas no Diário Oficial da União (DOU) na última terça-feira (11), os profissionais da Medicina estão impedidos de realizar os seguintes procedimentos:
- Utilização de qualquer formulação de testosterona em pacientes sem o diagnóstico de deficiência do hormônio, exceto em situações previstas por outras normas;
- Utilização de formulações de esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos com a finalidade estética;
- Utilização de formulações de esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para melhora do desempenho esportivo, para atletas amadores e profissionais;
- Prescrição de hormônios divulgados como "bioidênticos", em formulação "nano" ou nomenclaturas de cunho comercial e sem a devida comprovação científica de superioridade clínica;
- Prescrição de Moduladores Seletivos do Receptor Androgênico (SARMS), para qualquer indicação, por serem produtos com a comercialização e divulgação suspensa no Brasil;
- Realização de cursos, eventos e publicidade visando estimular e fazer apologia a possíveis benefícios de terapias androgênicas com finalidades estéticas, de ganho de massa muscular ou de melhora do desempenho esportivo.