O corpo do ator Jeff Machado, encontrado morto em um baú enterrado a 2 metros, não poderá ser transportado em voo comercial para Santa Catarina. O velório do ator da Record deve ocorrer na manhã de sábado (27).
As informações são do g1. O laudo da necropsia não indicou a causa da morte, por essa razão, o corpo será transportado de carro até o estado de origem da vítima. O corpo do ator foi encontrado em avançado estado de putrefação.
O translado deverá sair na madrugada desta sexta-feira (26) e chegar à noite em Santa Catarina.
Jairo Magalhães, advogado da família de Jeff Machado, afirmou que, embora não tenha uma identificação da causa da morte, uma acusação de homicídio deverá ser possível.
"Além do desaparecimento e do modo como o corpo foi encontrado, a polícia tem toda uma linha de investigação que corrobora para isso", informou.
Entenda o caso
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o assassinato do ator Jefferson Machado da Costa, 44, que estava desaparecido desde janeiro e cujo corpo foi encontrado, na segunda-feira (22). Os restos mortais da vítima estavam queimados, amarrados em um baú de madeira, que foi enterrado e concretado a dois metros de profundidade em um terreno da zona oeste do RJ.
Em entrevista à coluna da jornalista Fábia Oliveira, do jornal Metrópoles, Cintia Hilsendeger, amiga do artista, disse que ele foi pego dentro de casa em uma emboscada feita por um suposto amigo, que dizia trabalhar com produção de novelas.
“O Jefferson não tinha inimigos, mas ele teve um falso, que foi o Bruno, que tinha interesse no Jefferson. E ele também trabalhava com produção de teatro, novela, essas coisas… Ele dizia ao Jefferson que trabalhava na Globo e que arranjaria uma ponta pra ele lá. A gente acredita que foi em uma reunião de trabalho na casa do Jefferson que ele foi assassinado”, contou ela.
Cintia disse acreditar no envolvimento de uma segunda pessoa no caso. “Foi ele e mais alguém porque ele sozinho não conseguiria fazer isso, com os requintes de crueldade com que foi feito”, disse.
Família soube do desaparecimento após resgate de cães
Ainda em entrevista à coluna, Cintia Hilsendeger revelou como a família ficou sabendo do desaparecimento:
“Nós só soubemos porque os cães do Jefferson foram abandonados. Ao serem resgatados, passaram aquelas maquininhas de microchip e chegaram até ele. Ao entrarem em contato, quem estava com o celular do Jefferson era esse rapaz, que dizia que ele estava indo pra São Paulo, se passando pelo Jefferson. Ele ficou com a chave do carro, com o cartão do banco e com uma procuração pro Jefferson vender a casa pra ele. E isso foi muito anormal…”, explicou.
“Quando a família foi pro Rio de Janeiro pra registrar o desaparecimento, ele [Bruno] disse: ‘Não, o Jeferson deixou tudo comigo, entrou em um carro e disse que era pra lavar e vender o carro dele, a casa’. Foi uma conversa sem pé nem cabeça. Aí foi descoberto que ele [Bruno] foi a última pessoa a estar com ele [Jefferson] e que estava envolvido, sim, no assassinato”, explicou Cintia.
Suspeita de estrangulamento
Jairo Magalhães, advogado da família, já havia revelado que a principal suspeita da Polícia é de estrangulamento, já que Jeff Machado tinha uma linha no pescoço. Além disso, ele estava com os braços amarrados por trás da cabeça, dentro do baú.
O baú onde o corpo estava pertencia ao ator. Nove homens auxiliaram no resgate do cadáver, com britadeiras, picaretas, machados e guindastes. Um vídeo enviado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro ao Diário do Nordeste mostra a ação.
Identificação do ator
Segundo o G1, que divulgou a informação do corpo localizado na quarta-feira (24), a identificação da vítima foi possível por meio da análise das digitais do ator. A morte foi confirmada ao portal pelo advogado Jairo Magalhães.
Quem era Jeff Machado
Jefferson Machado atuou na novela 'Reis', da RecordTV, interpretando um soldado filisteu. A telenovela, que aborda a história da nação de Israel, estreou em março de 2022
O ator estudou Jornalismo e Cinema no Rio de Janeiro. Nas redes sociais, costumava compartilhar imagens da rotina, dos cachorros e dos bastidores do trabalho.
Em 2008, após 10 anos vivendo no eixo Rio-São Paulo, foi morar em Florianópolis. Na nova cidade, trabalhou com direção de arte, produção, assessoria de imprensa, além de atuar como vitrinista, cenógrafo, e stylist em campanhas.