48 cidades do Ceará têm casos suspeitos de monkeypox; veja mapa
Estado já tem transmissão comunitária e 29 casos confirmados da doença
Além do receio acerca da Covid ainda ativo, outra doença começa a preocupar os cearenses: pelo menos 48 municípios do Ceará (veja mapa) já têm casos suspeitos da monkeypox, popular varíola dos macacos. As informações foram levantadas nesta segunda-feira (22) por meio do Integra SUS, plataforma de dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).
A Pasta já registra 429 notificações relacionadas à doença, das quais mais de 200 são classificadas como suspeitas e 29 já têm confirmação de infecção pelo vírus monkeypox (MPXV). Outros 155 possíveis casos foram descartados.
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Fortaleza é a cidade com maior número de pacientes suspeitos da infecção, somando 126 registros. Caucaia e Juazeiro do Norte aparecem em segundo, com 7 suspeitas cada; seguidos por Crato e Maracanaú, com 6 casos cada.
As suspeitas de infecção prevalecem entre cearenses do gênero masculino, com 118 notificações; enquanto 102 são entre mulheres. Todas as 29 confirmações da varíola dos macacos no Ceará até hoje foram identificadas em homens.
Ainda de acordo com o painel da Sesa, os casos suspeitos do vírus monkeypox predominam entre os jovens de 20 a 29 anos (55 casos), seguidos por adultos de 30 a 39 anos (52 casos).
Quais os sintomas da monkeypox?
Dentre os casos notificados no Ceará, segundo a Sesa, os sintomas mais apresentados pelos pacientes foram lesões de pele (85,8%), febre (50,3%) e dor de cabeça (42,2%).
Os sinais e sintomas da monkeypox duram de 2 a 4 semanas, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), e desaparecem por conta própria, geralmente sem complicações.
Os principais sintomas da monkeypox (varíola dos macacos), já identificados entre os cearenses, são:
- lesões na pele;
- febre;
- dor de cabeça;
- fraqueza;
- dor muscular;
- aumento dos linfonodos do pescoço;
- dor de garganta;
- dor nas costas;
- suor/calafrios;
- dor nas articulações;
- lesão genital/perianal;
- náusea/vômito;
- inchaço dos gânglios;
- lesões na boca e mucosas;
- tosse;
- sensibilidade à luz;
- conjuntivite;
- inchaço peniano;
- proctite (inflamação no reto);
- sinais hemorrágicos.
O período de incubação do vírus monkeypox é “tipicamente de 6 a 16 dias”, mas pode chegar a 21 dias, como explica o Ministério da Saúde. Ou seja, esse é o período que o paciente pode manter sem sintomas após ter contraído o vírus.
Como ocorre a transmissão da monkeypox?
Entre humanos, o vírus é transmitido por contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de infectados, fluidos corporais ou objetos recentemente contaminados.
“Quando a crosta desaparece e há reepitelização, a pessoa deixa de infectar outras e, na maioria dos casos, os sinais e sintomas desaparecem em poucas semanas”, aponta a Sesa.
De acordo com o Ministério da Saúde, a monkeypox “é uma doença que exige contato muito próximo e prolongado para transmissão de pessoa a pessoa, não sendo característica a rápida disseminação”. Apesar disso, o vírus tem potencial epidêmico.
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Como prevenir a varíola dos macacos?
- Evitar contato com pacientes suspeitos ou infectados;
- Higienizar as mãos com frequência, com água e sabão ou álcool;
- Usar máscaras de proteção.
As medidas também valem para roupas, roupas de cama, talheres, objetos e superfícies utilizadas por pessoas com suspeita ou confirmação da doença. Esses itens devem ser limpos da forma adequada.
O que fazer se tiver sintomas da monkeypox?
As autoridades de saúde recomendam que o paciente que apresentar sintomas da varíola dos macacos procure uma unidade de saúde, para atendimento médico. E não entre em contato com outras pessoas.
Qual é o tratamento da monkeypox?
O tratamento dos casos suspeitos de varíola dos macacos tem se baseado, conforme boletim da Secretaria da Saúde, “no manejo da dor e do prurido, cuidados de higiene na área afetada e manutenção do balanço hidroeletrolítico”.
A maioria dos casos, observam as autoridades de saúde, apresenta sintomas leves e moderados. “Na presença de infecções bacterianas secundárias às lesões de pele, deve-se considerar antibioticoterapia”, acrescenta a Sesa.
Até o momento, não há medicamento aprovado especificamente para monkeypox, embora alguns antivirais tenham demonstrado alguma atividade contra o MPXV.