Oxigênio enviado pela Venezuela deve chegar a Manaus nesta terça-feira (19)

A capital do Amazonas vive crise em hospitais por causa do aumento de casos de Covid-19

Escrito por AFP ,
oxigenio
Legenda: Instituições e pessoas físicas vêm realizando doações de oxigênio para Manaus
Foto: Raphael Alves/Fotos Públicas

A carga de oxigênio enviada pela Venezuela para ajudar Manaus, castigada por uma nova onda da pandemia de Covid-19, entrou em território brasileiro. A expectativa é de que o comboio, que cruzou a fronteira com o estado de Roraima, chegue a Manaus nesta terça-feira (19), por volta das 10h. A informação é do Governo do Amazonas. 

O presidente venezuelano Nicolás Maduro disse que o comboio tem seis caminhões.

A caravana, com 136 mil litros de oxigênio, deve ajudar a amenizar a situação em Manaus, onde os hospitais entraram em colapso após uma explosão de casos do coronavírus.

Maduro disse no domingo (17) que a situação em Manaus é um "escândalo" e que "a Venezuela estendeu sua mão solidária ao povo do Amazonas". O presidente Bolsonaro ironizou o envio da ajuda, mas se mostrou disposto a recebê-lo.

"Se o Maduro quiser fornecer oxigênio para nós, vamos receber sem problema nenhum. Agora, ele poderia dar auxílio emergencial para o seu povo também. O salário mínimo lá não compra meio quilo de arroz", disse o presidente nesta segunda a apoiadores em Brasília.

"Lá eles não têm cachorros, por quê? Alguma praga? Comeram todos os cachorros, comeram todos os gatos. E aí vêm uns idiotas elogiando: olha o Maduro, que coração grande!", acrescentou Bolsonaro.

Venezuela

A Venezuela enfrenta a pior crise econômica de sua história moderna, com hiperinflação e sete anos de recessão, o que impactou seu próprio sistema de saúde, afetado pela escassez de suprimentos médicos e material de proteção para a Covid-19. 

Jaime Lorenzo, membro da ONG Médicos Unidos Venezuela, explicou à AFP que o oxigênio não acabou nos hospitais, mas que a infraestrutura para atender problemas respiratórios é precária. 

No entanto, há pacientes em regiões fronteiriças como Táchira que precisaram recorrer ao mercado clandestino para comprar oxigênio.

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