Vítimas das chuvas de Petrópolis já ultrapassam o total de mortes da tragédia de 2011

Número de óbitos já subiram até 104, após intenso temporal na Região Serrana do Rio de Janeiro; em 2011, foram 73 mortos

Após o desastre em Petrópolis, o município da Região Serrana do Rio de Janeiro já registrou mais mortos do que durante a tragédia de 2011, na mesma cidade. Entre ontem (15) até as 23h30 desta quarta-feira (16), o governo do Rio de Janeiro contabilizou 104 óbitos em razão do temporal. 

Conforme o portal Uol, a tragédia da madrugada de 12 de janeiro, há 11 anos, teve chuvas intensas que deixaram 73 mortos em Petrópolis. Toda a Região Serrana foi fortemente afetada, somando 918 mortes e ao menos 100 desaparecidos. 

Somente a cidade de Nova Friburgo registrou 426 óbitos na tragédia. O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontou que os deslizamentos de 2011 foram a maior catástrofe climática do país.

Por sua vez, a Organização das Nações Unidas (ONU) classificou a ocorrência, na época, como o oitavo maior deslizamento já registrado em um século.

Um relatório do Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro também compartilhou que, além das chuvas intensas e a geologia da região, a ocupação irregular do solo também contribuiu para o desastre.

CALAMIDADE PÚBLICA

Em uma hora choveu 113 milímetros em Petrópolis. Em seis horas, a chuva atingiu 175 milímetros, o equivalente a um mês inteiro. Além de dezenas de pontos de alagamento, o temporal arrastou carros e causou a queda de barreiras.

A rodovia Rio-Petrópolis foi parcialmente interditada na altura do km 82, nas imediações do terminal rodoviário do Bingen, devido à queda de uma barreira.

A prefeitura informou ainda ter decretado estado de calamidade pública em virtude das fortes chuvas que afetaram a cidade. Segundo o Uol, desde 1º de fevereiro o município já se encontrava em situação de emergência por causa das chuvas.