Polícia de SP tenta prender olheiro da morte de delator do PCC, mas suspeito foge

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, mas os materiais apreendidos estão em sigilo

Durante operação na manhã desta terça-feira (19), a Polícia Civil de São Paulo tentou prender um suspeito de participação na morte do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, executado no Aeroporto de Guarulhos, mas o alvo fugiu. Segundo informações da Folha de São Paulo, o suspeito é apontado como um dos olheiros do PCC (Primeiro Comando da Capital) e teria avisado aos executores sobre o desembarque de Gritzbach, que era delator da facção criminosa. 

A suspeita é de que o suspeito esteja no Rio de Janeiro. Segundo o jornal, o vazamento do mandado de prisão resultou na antecipação da operação para esta terça. Inicialmente, a ofensiva policial seria realizada na quinta-feira (21).

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em São Paulo, mas os materiais apreendidos estão em sigilo.

A investigação do ataque aponta que os criminosos teriam recebido um sinal de dentro do saguão para saber o momento exato para agir.

"A ação levou sete segundos. Foi planejada, ensaiada e sincronizada com o sinal de alguém dentro do saguão", disse a delegada Ivalda Aleixo, titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

Assassinato em Guarulhos

O crime ocorreu no dia 8 de novembro, quando dois homens armados com fuzis executaram Gritzbach no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos. Um motorista de aplicativo também morreu, e outras três pessoas ficaram feridas.

Gritzbach era réu por lavagem de dinheiro para o PCC e teve sua delação homologada em abril, revelando pagamentos milionários de propina a policiais. A força-tarefa busca identificar mandantes e executores do crime.

Até o momento, nenhum suspeito foi preso, mas policiais militares e civis citados na delação foram afastados. Autoridades apuram indícios de corrupção e extorsão no caso.