Pacientes que estavam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas, região administrativa a 30 quilômetros do centro de Brasília, no Distrito Federal, depredaram as instalações e agrediram funcionários na noite da segunda-feira (22). Eles alegaram revolta com a demora no atendimento.
Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver brigas, computadores e equipamentos jogados, chutes nas divisórias e portas da instalação, invasão de ambientes, correria de funcionários e pacientes. Com a confusão, um vigilante ficou ferido.
Responsável pela gestão da UPA, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) informou que, no momento em que ocorreu a depredação, três pediatras e cinco médicos clínicos trabalhavam no local.
O Iges divulgou que o atendimento ao público foi interrompido na noite da segunda (22). O órgão também lamentou o caso e destacou que a ocorrência cria um “ambiente hostil” para pacientes e colaboradores.
“Devido ao fechamento da tenda de dengue no Recanto das Emas, a UPA absorveu toda a demanda e, apesar de estar operando muito acima de sua capacidade, não foi negado atendimento a ninguém”, alegou o Iges-DF.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal não explicou o motivo do fechamento da tenda na cidade, que encerrou o atendimento ao público desde segunda-feira (22), após decisão tomada na semana passada.
A pasta destacou que foram instaladas outras neste mês, com estrutura ampliada e mais capacidade de atendimento, com funcionamento especial por 24 horas, para reforçar o atendimento a pacientes com dengue. Porém, nenhuma das novas tendas fica no Recanto.
RETORNO DO ATENDIMENTO
A UPA do Recanto das Emas voltou a operar na manhã desta terça-feira (23). Porém, o setor de pediatria ainda apresenta restrição de atendimento para apenas casos classificados como gravíssimos. A expectativa da gestora da unidade é que os pacientes com problemas de saúde de menor gravidade voltem a ser atendidos ainda nesta terça-feira, no local.
O Iges-DF diz que acompanha os casos dos profissionais de saúde agredidos e se compromete a colaborar integralmente nas investigações. Por fim, a organização acrescenta que equipes de segurança trabalham diariamente em todas as unidades para evitar novas agressões, proteger as instalações e, sobretudo, os funcionários.