MSD pede à Anvisa uso emergencial do molnupiravir, comprimido para Covid-19

Medicamento, já aprovado no Reino Unido, reduz riscos de internações e mortes em quase 50%

A farmacêutica Merck Sharp & Dohme (MSD) pediu, nesta sexta-feira (26), a autorização de uso emergencial de seu comprimido contra a Covid-19 à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O antiviral, chamado molnupiravir, atua na prevenção da replicação do coronavírus no corpo. As informações são do portal G1.

A agência confirmou o recebimento do pedido e comunicou que o prazo para análise é de até 30 dias. Segundo a Anvisa, as primeiras 24 horas de estudo serão usadas para verificação dos documentos necessários — caso alguma informação importante esteja em falta, a instituição de vigilância sanitária poderá solicitá-la à empresa.

O uso do remédio do laboratório, conhecido como Merck nos Estados Unidos e no Canadá, foi aprovado no Reino Unido no início do mês. Lá, o fármaco foi autorizado para as pessoas que sofrem com a enfermidade em graus leve ou moderado e têm ao menos um fator de risco para a infecção.

Testes preliminares divulgados no início de outubro apontaram que pacientes que receberam o molnupiravir até cinco dias após o início dos sintomas da Covid-19 conseguiu reduzir significativamente o risco de internações e mortes por Covid-19 se comparados aos pacientes que tomaram um comprimido inativo.

No entanto, o medicamento não teve funcionamento em pacientes graves. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que participaria de testes para verificar a eficácia do remédio no País.

Medicamento não substitui vacina

O presidente da MSD no Brasil, Hugo Nisenbom, ressalta que, mesmo com a disponibilização de um eventual tratamento com a medicação, as vacinas não são substituíveis contra a doença provocada pelo novo coronavírus.

“As vacinas continuam sendo essenciais no controle da Covid-19 e a disponibilização de tratamentos antivirais será uma forte aliada no combate à pandemia para reduzir as complicações pela doença”, disse o chefe da companhia ao G1.

A MSD também realiza outras tratativas sobre possíveis estudos futuros para avaliação do antiviral no enfrentamento de doenças como a dengue e a chikungunya.

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