Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, tem liberdade concedida pela Justiça

A professora deveria ter permanecido em prisão domiciliar da primeira vez, segundo entendeu um ministro do STJ

A mãe de Henry Borel, Monique Medeiros, teve a liberdade concedida nesta sexta-feira (26) pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A revogação da prisão preventiva foi dada pelo ministro João Otávio de Noronha. 

Conforme o ministro, a professora deve responder ao processo em liberdade e já pode ser liberada neste sábado (27), de acordo com o advogado Hugo Novais, que defende a mulher. As informações são do G1.

"Estamos muito felizes pela decisão e porque uma situação de injustiça foi reparada contra ela", disse. 

Constrangimento 

O entendimento da Justiça desta vez é de que a prisão domiciliar nunca deveria ter sido revogada. À época, ela teria sido reencarcerada como se estivesse sem medidas cautelares, mas ela na verdade usava monitoramento eletrônico em casa. 

A defesa havia pedido um habeas corpus, que não coube análise por conta da nova prisão que não deveria ocorrido. Com isso, o STJ considerou "flagrante constrangimento ilegal". 

A decisão do ministro será publicada na segunda-feira (29), mas a defesa de Monique já foi notificada.

Prisões revogadas

É a segunda vez que Monique é solta desde que foi encarcerada em abril de 2021. A primeira liberdade foi em abril deste ano, por conta de ameaças na cadeia.  Ela retornou ao complexo penitenciário de Bangu dois meses depois, em junho. 

Monique teve a prisão decretada ano passado, acusada de matar o filho, em março de 2021, com ajuda do então namorado, o ex-vereador Jairinho. 

Caso Henry Borel 

Henry Borel morreu no dia 8 de março de 2021. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio, ele foi vítima de torturas realizadas pelo ex-vereador Dr. Jairinho e pela mãe do menino, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva.

Henry passou o fim de semana com o pai, Leniel Borel de Almeida, e, na noite anterior à morte, no dia 7 de março, foi deixado na casa da mãe.

 As investigações apontam que a criança morreu após agressões do padrasto e pela omissão da mãe. Henry sofreu, pelo menos, 23 lesões por 'ação violenta' no dia de sua morte, segundo laudo divulgado. O