O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira (29) a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil. O óbito foi registrado em Uberlândia, Minas Gerais, e segundo nota da pasta, o paciente do sexo masculino tinha 41 anos, com baixa imunidade, comorbidades, incluindo câncer (linfoma), que levaram ao agravamento do quadro.
Ainda conforme o órgão, o homem "foi hospitalizado em hospital público de Belo Horizonte, sendo depois direcionado ao CTI. A causa do óbito foi choque séptico, agravada pela monkeypox", diz nota.
Com mais de mil casos da doença em solo brasileiro, o Ministério já trata a doença como um "surto" no Brasil. Nesta quinta-feira (28), a pasta usou o termo para informar que vai ativar um Centro de Operações de Emergência (COE) para acompanhar o desenvolvimento da patologia.
Nesse caso, a expressão define quantidades acima do normal de doenças contagiosas ou de ordem sanitária. Segundo preceitos da epidemiologia, este é o primeiro estágio em uma escala de evolução de contágio, que se define em epidemia, endemia e pandemia.
Até então, a expressão não havia sido utilizada pelo ministério em notas enviadas à imprensa. Apesar disso, a palavra "surto" já foi pontuada em pareceres técnicos para falar do aumento da curva de contaminação em outros países.
Segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, 1.066 casos da doença foram registrados em todo o país. Os casos foram confirmados em 16 estados.
Confira os números:
- São Paulo (823)
- Rio de Janeiro (124)
- Minas Gerais (44)
- Distrito Federal (15)
- Paraná (21)
- Goiás (13)
- Bahia (5)
- Ceará (4)
- Rio Grande do Sul (3)
- Rio Grande do Norte (2)
- Espírito Santo (2)
- Pernambuco (3)
- Tocantins (1)
- Acre (1)
- Rio Grande do Sul (4)
- Santa Catarina (4)
Ainda no último sábado (23), a pasta já havia informado que está em fase de negociação para a compra da vacina contra a varíola dos macacos. A aquisição deve ocorrer em tratativas com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Nesta sexta-feira (29), os três primeiros casos infantis foram registrados no Brasil. As idades anda não foram informadas e todas são residentes da capital de São Paulo.