Após ser presa suspeita de envenenar os enteados no Rio de Janeiro, diversos outros crimes relacionados à autônoma Cíntia Mariano Dias Cabral, de 49 anos, vieram a tona. Além de envenenar irmãos, a mulher é apontada como suspeita de pelo menos outros dois assassinatos, entre eles de uma criança de 6 anos que também era enteada dela.
A mulher foi detida temporariamente, no dia 20 de maio, após o filho, de 16 anos, do companheiro dela, com quem estava se relacionando há seis anos, dar entrada em um hospital municipal após ingerir feijão cozinhado e servido por ela. Na ocasião, o jovem levantou a possibilidade de ter sido intoxicado pela madrasta à mãe e sobreviveu.
No entanto, em 28 de março, a irmã do adolescente, a estudante Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, morreu na mesma unidade de saúde, onde o rapaz foi encaminhado, após ingerir outra refeição preparada pela suspeita. Inicialmente, o caso foi tratado como causa natural, mas agora o suposto homicídio da jovem está sendo apurado em outro inquérito policial. O corpo dela foi exumado.
"Ainda restam algumas diligências, como a exumação do corpo da Fernanda, para podermos concluir que ela foi a responsável pelo envenenamento dos dois jovens, em circunstâncias semelhantes" afirmou o delegado Flávio Rodrigues, responsável sobre o caso.
Segundo as investigações, Cíntia Mariano tinha ciúmes da relação dos enteados com o companheiro. Os dois moravam com o casal, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio.
Chumbinho no feijão
Em depoimento, a filha da suspeita relatou que a mãe "ficou rindo" ao servir a comida contaminada ao estudante. Conforme a declaração, o garoto chegou a estranhar o sabor da refeição.
Em depoimento, outro filho da acusada afirmou que ela admitiu ter colocado chumbinho no feijão servido ao enteado, com intuito de matar o rapaz. As informações são do Extra. Na residência, policiais localizaram um veneno de pulgas na cozinha.
Segundo o delegado, Flávio Rodrigues, a mulher acusou o próprio filho do envenenamento de Fernanda e do adolescente.
Suspeita ofereceu comida à mãe das vítimas
A mãe das vítimas, Jane Carvalho, acredita que também era um dos alvos da mulher, conforme o jornal. Ela revelou que Cíntia Mariano frequentemente lhe oferecia alguma refeição.
"Toda vez que ela me oferecia comida eu sentia uma energia ruim, então sempre falava não, desculpe, obrigada. Sentia que havia algo errado nessa solidariedade em insistir muito para eu comer", contou ao Extra.
Assassinato de ex-namorado
Cíntia também é investigada ainda por envenenar o então namorado, o dentista Pedro Jose Bello Gomes, de 64 anos, no dia 29 de setembro de 2018. Ela e o parceiro estavam na varanda do apartamento na esquina do Recreio dos Bandeirantes, no Rio, quando ele passou mal. O homem chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
A morte dele foi lavrada no 14º Registro Civil de Pessoas Naturais por acidente vascular cerebral hemorrágico e de hipertensão arterial sistêmica. No entanto, a Polícia Civil do Rio suspeita que ele possa ter sido envenenado pela companheira. Ele apresentou os mesmo sintomas que os enteados da suspeita: língua enrolada, baba excessiva e palidez.
Querosene à criança de 6 anos
O filho da autônoma informou ainda à Polícia Civil, que a mãe pode ter envenenado com querosene uma criança de seis anos. A vítima era meia-irmã dele por parte de pai.
O caso ocorreu há 20 anos, muito antes de a mulher ser presa por suspeita de colocar chumbinho no feijão de dois enteados.
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