Lázaro Barbosa levou pelo menos 38 tiros, diz secretário da Saúde de Goiás

Ao ser atendido, profissionais de saúde contabilizaram as marcas de tiro no corpo de Lázaro

O suspeito de cometer a chacina de Ceilândia, Lázaro Barbosa, de 32 anos, morreu com pelo menos 38 tiros durante confronto com os policiais, na manhã desta-feira (28), no município goiano de Águas Lindas. 

As informações foram confirmadas pelo secretário de Saúde do município, Rui Borges, ao Metrópoles.  “Quando ele chegou ao hospital, já estava sem vida. Nós contamos 38 marcas de tiro. É um cálculo aproximado ainda”, disse ao jornal. 

Após 20 dias de perseguição, Lázaro foi baleado e morto. Inicialmente, o governador Ronaldo Caiado anunciou a prisão do fugitivo, mas, logo depois, agentes de segurança informaram o falecimento do homem.
 
 
Em um vídeo feito no momento da captura do fugitivo é possível ver ele sendo carregado para uma ambulância, antes de ser encaminhado para uma unidade de saúde, onde chegou com vida. Outra gravação mostra o momento em que ele chega ao hospital. 
 
 

Caso Lázaro

Natural de Barra do Mendes (BA), Lázaro era suspeito de matar, em um quádruplo latrocínio, quatro pessoas de uma família em Ceilândia, no Distrito Federal. Ele também é suspeito de matar um caseiro de uma fazenda no distrito de Girassol, em Goiás.

Além disso, outra tentativa de latrocínio é atribuída ao criminoso: em 2020, ele teria invadido uma chácara no estado goiano para roubar e atingir um idoso portando um machado.

Devido à sua longa ficha criminal, Lázaro chegou a ser preso três vezes. A primeira captura ocorreu ainda na Bahia, em razão de um duplo homicídio, chegando a escapar dez dias depois. Ele respondia, também, por crimes de estupro, roubo à mão armada e porte ilegal de arma de fogo — acusação que o levou à cadeia no DF em 2013. Três anos depois, contudo, fugiu da cadeia após progredir para o regime semiaberto.

Em 2018, Lázaro chegou a ser preso pela Polícia de Goiás, mas escapou mais uma vez, sendo procurado desde então. O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, afirmou, antes da captura, que as equipes estavam lidando com um "psicopata". "Uma pessoa que, se puder, vai fazer refém; se puder, vai matar", ressaltou na ocasião.

20 dias de perseguição

As buscas por Lázaro Barbosa começaram em 9 de junho, após a chacina em Ceilândia, Distrito Federal. Durante a fuga ele roubou um carro e seguiu em direção ao município de Cocalzinho de Goiás, e, desde então, foi perseguido pela força-tarefa policial pelas matas da região. 

Helicópteros, drones, cães farejadores, rádios comunicadores e até um caminhão com videomonitoramento auxiliaram na operação de captura. Ao todo, 270 agente de segurança atuaram na força-tarefa. 

Reveja os agentes em ação

Inicialmente, os policiais acreditavam que o fugitivo ficava sempre escondido na mata, mas, ao prenderem dois homens suspeitos de facilitar a fuga dele, mudaram a abordagem. A dupla foi descoberta após os agentes encontrarem um esconderijo onde Lázaro poderia ter se abrigado, em Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás.


Na ofensiva, foram apreendidos com os dois suspeitos presos - que não tiveram a identidade revelada - 50 munições e duas armas de fogo. Uma delas havia sido roubada. 

Na ocasião, o secretário da Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, disse acreditar que havia uma “rede criminosa” que apoia o "serial killer do Distrito Federal.